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Mudança de estilo: Governo Macri convida os Ministérios da Defesa do Brasil e de mais 17 países a mandarem bandas militares à parada do Bicentenário

 

Por Roberto Lopes

Dentro de sua política de reaproximação da comunidade internacional, inaugurada por meio de contatos de alto nível com os governos de Itália, França e Estados Unidos (o presidente Barack Obama chega à Argentina na próxima sexta-feira, 25), a Administração Mauricio Macri expediu convites a 18 Ministérios da Defesa da América do Sul, África, Europa e Ásia, para que se façam representar, por meio de bandas militares, no desfile do Bicentenário da Independência, no próximo dia 10 de julho (uma dia depois da data comemorativa da emancipação política dos argentinos).

Além do Brasil receberam a solicitação argentina os Ministérios da Defesa do Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, México, Estados Unidos, África do Sul, Espanha, França, Itália, Holanda, Alemanha, Rússia e China.

A mensagem remetida pelo Ministério da Defesa argentino pede que seus congêneres confirmem a participação de suas bandas militares até o dia 30 de março.

“Esperamos uma festa incrível, e que a população desfrute dela, declarou ao site noticioso Infobae o ministro da Defesa argentino, Julio César Martínez.

O governo argentino ainda não decidiu onde serão as comemorações – se na capital Buenos Aires ou na província de Tucumán – mas uma fonte (não identificada) informou ao Infobae que a oportunidade servirá para que o novo presidente Macri faça “anúncios de obras emblemáticas”, supostamente nas áreas de infraestrutura, habitação e geração de energia.

Em linhas gerais, a ideia é que o desfile tenha início às 12h de 10 de julho, e, no caso de acontecer na capital, percorra um trajeto de, aproximadamente, três quilômetros a partir da Avenida Libertador.

 

Fonte: Plano Brazil (O G&A possui autorização para reprodução deste conteúdo)

Simulação de Guerra entre Brasil e Argentina

Por Francisco Santos

O Guerra & Armas trás para seus leitores este novo projeto que visa atender aos leitores das nossas simulações, o G&A é hoje reconhecidamente o maior, se não o único blog a criar simulações de conflitos fictícios entre países, usando sempre elementos e tensões políticas reais, mas algumas vezes também usando elementos de ficção como é o caso desta simulação que esta sendo publicada hoje. Em 2013  já tinhamos publicado a simulação: Guerra entre Brasil e Argentina (clique aqui para ler), mas a pedido dos leitores estou criando uma nova versão mais realista com os atuais armamentos de ambos os países e considerando a compra dos Gripen NG do Brasil e uma possível, porém ainda não confirmada compra de caças JF-17 de fabricação sino-paquistanês.

A desconfiança…
 
O Brasil de modo geral assim como nossos militares sempre esteve em uma espécie de ”Guerra Fria” com a Argentina, ou seja, sempre  desconfiamos e rivalizamos com os argentinos, ate poucos anos brigávamos pela hegemonia no hemisfério Sul das Américas, porém o Brasil se deu melhor nessa ”Guerra Fria” e se tornou majoritariamente o país mais poderoso do Hemisfério Sul do continente e ate mesmo de toda a América Latina.
Nossas forças armadas são relativamente superior em tecnologia aos demais países  da América Latina, que são em sua grande maioria, forças armadas modestas e com pouco investimento de seus governos devido a dificuldades financeiras e falta de inimigos externos que justifiquem gastos com defesa,as forças armadas do Brasil se diferenciam pelo fato de ser a única nação com indústria bélica capaz de fornecer a suas forças armadas equipamentos de ponta, dando relativa independência em algumas áreas, como é o caso de armas, munições, aviação, marinha, artilharia de costa e de saturação (astros II/2020) entre outros…
A simulação abaixo utiliza nomes de políticos e personagens fictícios e não tem relação com a realidade. A matéria será dividida em várias partes, que serão postadas em sequência, a história é meramente fantasiosa é claro, mas por que não deixarmos a imaginação correr solta?

Após a turbulência…

 
 
 
Janeiro de 2017 – O Presidente Sebastião  Oliveira, que assumiu o governo como presidente de transição após a crise que levou ao impeachment da ex-presidente Dina Sabino por corrupção, se reuniu em Brasília com os comandantes militares de todas as regiões do país para discutir o controle das fronteiras brasileiras, com base no recente aumento da criminalidade na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo que forçaram a intervenção das Forças Armadas para auxiliar as policias de ambos os estados no combate a grupos de traficantes que utilizam de fuzis de fabricação americana a foguetes anti-tanques de fabricação russa.
O presidente que assumiu em meio a maior crise política dos últimos 30 anos, se vê diante de um impasse, sob forte pressão dos EUA e da União Europeia para que o país solucione a crise e estabeleça um Estado de Direito pleno para seus cidadãos  ao mesmo tempo em que a economia se encontra em plena queda após a  política econômica desastrosa fruto  de 12 anos de governo de esquerda, Sebastião Oliveira, que se elegeu como político da direita é forçado a gastar bilhões na restruturação das forças armadas para frear a entrada de armas e drogas na fronteira para evitar sanções internacionais e ao mesmo tempo  tem que cortar gastos da máquina pública.
Após o encontro, o Ministro da defesa, General Machado Filho, o primeiro militar a comandar a pasta depois de vários ministros civis que comandaram o ministério através de favores políticos sem o minimo conhecimento sobre defesa, anunciou o lançamento do ”Plano Fênix” que consiste no reaparelhamento das forças armadas do Brasil em um prazo recorde de 20 anos, ao todo serão liberados cerca de 120 bilhões de Reais para aquisição de maios de combate e modernização dos já existentes.
O Ministro da Defesa informou que o país irá solicitar aos EUA um plano de financiamento geral, o mesmo utilizado durante os anos 60 na parceria EUA-Brasil de aproximadamente 50 bilhões de dólares que serão pagos em parcelas e quitadas ate 2030. 
Segundo especialistas este movimento do presidente Oliveira, rompe definitivamente com o projeto do Fórum de São Paulo que visava propagar o esquerdismo e sua doutrina por toda a América Latina, com este movimento o Brasil volta a ser o principal parceiro estratégico dos EUA em todo o hemisfério sul, além de dar ao país o status de aliado militar dos americanos, o que por si só já  é um fato de dissuasão.

Enquanto isso na Argentina…

 
 
 
O presidente da Argentina, José Domingues, que ao final de 2015 implementou profundas mudanças econômicas no país portenho ao suceder a ex-presidente Cristiane Kindler, anuncia a compra de 50 caças JF-17 de fabricação sino-paquistanesa para reequipar a Força Aérea do país que sofria com um severo regime de obsolência em rasão dos constantes cortes orçamentários implantados por governos anteriores devido as fortes crises econômicas que o país sofria constantemente ate ser estabilizado por Domingues, que investiu na indústria, tirou milhões da pobreza, pagou as dividas do país com os credores internacionais e viu seu país crescer a taxas de 8,5 % enquanto o Brasil estava estagnado nos 0,3 p.p ao ano.
Serão 50 aeronaves fabricadas na China, as aeronaves deverão ser entregues em um prazo máximo de 2 anos, isto mesmo você não leu errado, a China se comprometeu a entregar 25 aeronaves por ano, e isto é possível graças ao imenso polo industrial chinês com várias fábricas podendo produzir vários aviões ao mesmo tempo. Além dos 50 aviões a Argentina também comprará mais 150 unidades que serão construídas pela Fabrica Argentina de Aviões em solo portenho, a exemplo do que o Brasil esta fazendo com os Gripen NG.
Inglaterra critica a China…
Após o anuncio da venda de 200 aviões a Argentina feito pela China e a própria Argentina, a Inglaterra condenou a venda alegando que o país possui pretensões bélicas ao se armar, ou seja, pretende reaver as Malvinas por meio da força. Ainda de acordo com o governo inglês a China só contribui para o agravamento da relação entre a Inglaterra e a Argentina que busca uma alternativa que leve em conta os moradores das ilhas.
Países sul-americanos fazem dura crítica ao Brasil…


Um dia após o anúncio feito pelo Brasil sobre o investimento de 120 bilhões de reais em defesa para reequipar suas forças armadas, a Argentina criticou duramente o presidente Sebastião Oliveira, em um discurso acalorado na Casa Rosada em Buenos Aires, José Domingues, presidente da Argentina, acusou Oliveira de estar provocando uma corrida armamentista em um cenário desfavorável ao Brasil, já que o país não cresce a pelo menos 2 anos. Aproveitando-se da ocasião, o presidente usou o discurso para salientar os ganhos econômicos e triunfos de seu governo na área econômica e social do país em um claro discurso populista.
Já a Bolívia e a Venezuela que são atualmente governados por esquerdistas chamaram Oliveira, de Lacaio dos americanos e ameaçaram cortar relações diplomáticas com o país caso o Brasil se militarize através de equipamentos americanos, em discurso acalorado o líder chavista venezuelano Javier Palaço, denunciou o que chamou de “invasão americana por meio do Brasil”, segundo ele os EUA financiaram a campanha de Sebastião Oliveira, e a CIA segundo ele orquestrou as falsas denúncias que levaram a queda da presidente Dina por corrupção.
O presidente da Bolívia Ramon Galdero disse a imprensa boliviana que o fato de o Brasil se armar ainda mais, demonstra uma atitude de agressão clara e declarou que poderá cortar o fornecimento de gás natural ao Brasil caso se sinta ameaçada em suas fronteiras.

Não vamos tolerar ameaças…

 
Após o discurso agressivo do presidente argentino, José Domingues e de seus pares da Venezuela e Bolívia, o presidente Sebastião Oliveira endureceu o tom em uma entrevista nunca antes vista no país, na sala de imprensa do palácio do Planalto em Brasília, estavam ao lado do presidente:
 
  • Evaristo Silva: General-de-Exército e comandante do Exército Brasileiro
  • Carlos Simões: Tenente-Brigadeiro da Força Aérea e Comandante da Força Aérea Brasileira
  • Tiago Fonseca: Almirante-de-esquadra da Marinha e Comandante da Marinha do Brasil

Todos com uniformes impecáveis e rodeados de outros oficiais davam o tom da entrevista, em um discurso nacionalista visto antes apenas na década de 40 quando Getúlio Vargas fazia discursos em tempos de guerra, uma oratória firme e direta, mandando a mensagem de que o país não aceitará ameaças, principalmente do presidente argentino, Domingues.

Após o discurso o presidente Oliveira, chamou o embaixador da Argentina no Brasil para dar explicações ao presidente sobre as ameaças e tom belicista usado pelo chefe de estado argentino.
Continua… (Um novo texto será publicado sempre ao final de cada semana)
Obs: Ainda esta semana seguimos com a continuação da Simulação: Guerra entre Brasil e Venezuela.

TAM: O tanque médio argentino

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O TAM, é um MARDER ao qual foi acrescentada uma torre equipada com o famoso canhão L-7 de fabrico britânico.

Embora seja um projeto alemão , apenas os primeiros três exemplares foram produzidos na Alemanha, tendo os restantes veículos sido produzidos na Argentina pela TAMSE. O tanque TAM (iniciais de Tanque Argentino Mediano) é claramente baseado no veículo de combate de infantaria da Henschel, conhecido como Marder, pois foi a solução encontrada para reduzir o tempo de desenvolvimento do projecto para as Forças Armadas Argentinas.

A blindagem parece ser idêntica, dado o TAM ter um peso ligeiramente inferior ao do MARDER. Segundo os dados conhecidos a blindagem é eficiente perante calibres até 40mm.

Os argentinos acrescentaram a possibilidade de o carro de combate ter a sua autonomia aumentada, com a inclusão de tanques adicionais de combustível (que se podem remover).

Por ser baseado num veículo de combate de infantaria, ao contrário dos carros de combate convencionais o tanque tem o motor colocado na parte da frente, à direita, com o condutor à esquerda. A parte frontal do veículo é também a mais protegida.

Historia e variações

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A família TAM constitui a mais extensa linha de veículos militares existente na América Latina.

Ela começou com o projecto do TAM (Tanque Argentino Mediano) e progrediu até dispor de veículos para varias funções.

Entre os principais contam-se.

 

VCA versão auto-propulsada do TAM

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  • Quantidade Máxima – 18 Quantidade em Serviço – 18

O TAM/155mm é o único canhão autopropulsado produzido na América Latina. A torre Palmaria e fabricada na Itália, foi comprada pelos argentinos e montada em cima do chassis alongado do carro de combate TAM, os quais a Argentina fabrica sob licença desde os anos 70. Trata-se de um veículo convencional com boas prestações.

O canhão italiano de 155mm tem um alcance máximo de 24,7Km para munição explosiva. O TAM/155mm pela capacidade do canhão instalado, pelo fato de ser um produto fabricado na Argentina, é o mais eficiente sistema de artilharia de todo o continente sul americano. O seu alcance é superior ao de qualquer outro sistema que esteja ao serviço nos países limítrofes, sendo superior aos sistemas M-109A3 em serviço no Brasil.

  • TAM-VCTP

A base VCTP IFV é essencialmente semelhante ao formato do Marder alemão, mas simplificado e modificado para atender às exigências do Exército argentino e tem um motor mais potente de 720 hp diesel MTU.

O armamento principal é realizada em duas torres uma armada com um canhão Oerlikon de 20 mm e uma torreta montada externamente de 7,62 mm MG para defesa local e aérea. Essa arma 7,62 mm MG está localizado numa montagem sobre a traseira do casco e controlada remotamente.

Esse Metralhadora é controlada de dentro do compartimento da tropa, que pode acomodar até dez soldados e seus equipamentos pessoais. As tropas entram e saem do veículo Através de uma porta na parte traseira do casco e também há escotilhas telhado. Portos de ignição e dispositivos de visão estão localizadas ao redor do compartimento de tropas para a utilização pelos ocupantes. Quatro lançadores de granadas de fumo são montadosoverhaull de cada lado.

  • VCLC

O VCLC sistema de lançamento de foguetes múltiplos nunca veio ao serviço ativo, devido a problemas financeiros. O sistema VCLC (Vehículo de Combate Lanza Cohetes) múltiplos de foguetes de lançamento foi desenvolvida na Argentina com uma ajuda de Israel.

Infelizmente, apenas um pequeno número destes sistemas foi Construído Devido a problemas de financiamento e que nunca veio ao serviço ativo. O VCLC Tem um design modular e foi desenvolvido em duas variantes de fogo de foguetes de 160-mm e 350 mm . Poucas modificações foram necessárias para mudar entre os tipos de foguetes.

O VCLC-CAL (Cohete de Artilleria Ligero) é equipado com o sistema modular lançador de foguetes israelense LAR-160 . Submeteu-se a ensaios em 1986. O dois recipientes utilizados de 160-milímetro CAL podem transportar 18 foguetes. Estes recipientes são de fábrica equipados com foguetes e selado. Eles podem ser armazenadas por até 15 anos sem qualquer manutenção. Depois de lançar todos os foguetes, os contentores são removidos por guindastes e substituídos por novos.

HE-FRAG e ogivas de fragmentação estão disponíveis. Outra variante, e o VCLC-CAM (Cohete de Artilleria Mediano) que tiveram quatro tubos de lançamento foguetes feitos em Israel 350-MAR de 350 milímetros. O padrão de pesos de foguete chega a 1 000 kg e tem um alcance máximo de 75 – 95 km. Apenas um protótipo deste sistema foi construído. Algumas fontes afirmam que foram Submetidos a Testes em 1988. O VCLC está equipado com uma metralhadora 7,62 mm para auto-proteção e defesa aérea limitada.

Existem ainda versões anti-minas, veículo de comando, veículo de transporte de munições e porta-morteiro pesado.

 

Fonte: Wikipédia

Infecção mata em Buenos Aires Mario Benjamín Menéndez, general derrotado nas Malvinas e expoente da repressão militar

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Morreu nesta sexta-feira (18.09), em Buenos Aires, o general da reserva Mario Benjamín Menéndez, de 85 anos, ex-Governador Militar das Ilhas Malvinas.

Menéndez apresentou um quadro infeccioso há duas semanas, e não se recuperou.

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Menendez em 2012, época em que enfrentou a acusação de ter cometido crimes de lesa humanidad

O militar vivenciou momentos importantes da história política de seu país desde 1951, quando participou de uma fracassada tentativa de golpe contra o governo do então presidente Juan Domingo Perón.

Ele assistiu a invasão das Ilhas Malvinas pela Marinha argentina, a 2 de abril de 1982, do seu posto de subchefe do 1º Corpo de Exército.

Logo em seguida foi designado pela Junta Militar presidida pelo general Leopoldo Galtieri para assumir o cargo de Governador-Geral dos arquipélagos das Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul. Mas, na prática, sua autoridade se restringia às tropas desdobradas nos dois principais territórios insulares malvinenses.

Sua estratégia eminentemente defensiva foi duramente criticada no pós-guerra.

O chamado Informe Rattembach, que analisou o desempenho militar argentino no conflito concluiu que o desempenho das tropas sob o comando de Menéndez revelou-se “pobre”, desprovido de apoio naval e carente de maior cobertura da Força Aérea Argentina.

Fidel – A guerra das Malvinas proporcionou episódios de inesquecível humilhação aos argentinos – um deles lembrado este sábado (19.09) pelo jornal La Nación ao noticiar o falecimento de Mario Menéndez.

De acordo com o diário, quando os destacamentos argentinos começaram a perder terreno diante dos primeiros contingentes ingleses que haviam alcançado as ilhas – o que evidenciava o desbalanceamento de forças entre defensores e atacantes – o então ministro do Exterior argentino, Nicanor Costa Méndez, viajou a Havana em busca do apoio diplomático do presidente-ditador cubano Fidel Castro à causa de seu país.

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Para ser agradável a Fidel, Costa Mendez citou o fato de vir, também ele – um diplomata –, de família de militares. A essa confidência, segundo o La Nación, Castro retrucou, perguntando se a família militar de Costa Méndez era de los generales que peleaban o se rendían.

O general Mario Benjamín Menéndez também foi acusado de deixar a soldadesca argentina sem os agasalhos que o clima gelado das ilhas requeria.

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Principito A história também atribui a Menéndez a frase que venga el principito, referência irônica ao fato de o herdeiro do trono real britânico, Príncipe Andrew, um piloto naval, figurar na oficialidade da força-tarefa destacada pela Royal Navy para retomar o arquipélado do Atlântico sul (que os ingleses chamam de Falkland Islands).

Menéndez, entretanto, sempre negou que tenha dito a tal frase, atribuindo-a a uma invenção da Inteligência do Exército argentino com o intuito de desmoralizá-lo…

A 14 de junho de 1982, contrariando as ordens recebidas de Buenos Aires, Menéndez firmou a ata de capitulação diante do comandante das tropas britânicas, major general Jeremy Moore. O gesto motivou sua prisão, ao regressar à Argentina.

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Em 2012, já octogenário, ele ainda precisou comparecer a um tribunal argentino para ser julgado por delitos delesa humanidad , acusado de montar e dirigir um centro de detenção clandestino na Província de Tucumán, durante a repressão militar ocorrida na Argentina nos anos de 1970.

Seu primo-irmão general Luciano Menéndez – El Cachorro, como era conhecido – foi condenado nada menos que sete vezes à prisão perpétua, também por crimes de lesa humanidad cometidos à época em comandou o 3º Corpo de Exército, a partir de 1976.

 Fonte: Plano Brasil

Padronização? Quem se importa com padronização? Paquistão anuncia que vai comprar seu 5º modelo de jato de combate…

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Imagem impressionante de um Su-35 em voo ascensional

A Força Aérea Paquistanesa (PAF) está prestes a anunciar a aquisição do seu quinto modelo de avião de combate, que deve ser comprado ou à indústria aeronáutica russa, ou à sua congênere chinesa.

Na semana passada o Ministro Adjunto do Exterior da Rússia, Sergei Ryabkov, declarou à imprensa russa que o governo de Islamabad pode confirmar a importação de um lote (ainda não especificado) de aeronaves supersônicas multifunção Sukhoi-35. Recentemente os paquistaneses fecharam a compra de helicópteros de ataque russos tipo Mi-35M Hind E.

Nos últimos dias, como forma de pressão, fontes russas deixaram vazar que os militares do Paquistão estão interessados em um avião bimotor “que possa voar com um alcance maior que o do [caça sino-paquistanês] JF-17 e penetrar em maior profundidade no território inimigo”.

JF-17

Os paquistaneses dizem que o jato JF-17 que eles desenvolveram em parceria com a indústria aeronáutica chinesa tem um alcance excessivamente limitado

A PAF já voa um complicado mix de quatro aeronaves de combate: caças de procedência americana Lockheed Martin F-16, aeronaves francesas Dassault Mirage-5, jatos chineses Chengdu F-7 (cópia do russo Mig-21 que deixou de ser fabricada em 2013) e os JF-17.

Nessa aproximação de Islamabad com a indústria aeronáutica russa haveria também um ingrediente político: a necessidade de tentar evitar que Moscou estreite em demasia os seus laços de cooperação militar com a Índia, país rival do Paquistão.

RD 93 – Mas a verdade é que o complexo cenário geopolítico também inclui a inquietação do governo russo com a amizade sino-paquistanesa.

Nesse momento, a Administração do presidente Vladimir Putin vê-se na obrigação de intervir para bloquear os planos de Islamabad de receber uma partida de 30 a 40 interceptadores FC-31 – versão de exportação do caça médio chinês multifunção de 5ª geração (eletrônica) Shenyang J-31.

FC-31

J-31 chinês: plataforma de 5ª geração

Antes de se concentrarem no FC-31, os paquistaneses haviam examinado adquirir um lote de pouco mais de 40 exemplares dos jatos supersônicos Chengdu J-10 – aeronaves que, no primeiro semestre desse ano, também chamaram a atenção de oficiais da Força Aérea Argentina, mas foram consideradas excessivamente caras pelos sul-americanos.

Para os militares paquistaneses, um dos principais atrativos do FC-31 é que ele seria entregue com dois motores russos RD-93 Klimov, propulsor que também equipa o caça JF-17 e desfruta de alta credibilidade na clientela da indústria aeronáutica russa.

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Propulsor RD-93 Klimov russo

Fonte: Plano Brasil

Resistente à aproximação com russos e asiáticos, Aviação Argentina foca cooperação com Israel

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Fightinghawk argentino em Río Cuarto

Nem caça-bombardeiros russos usados, nem caças sino-paquistaneses JF-17 zero bala, saídos da fábrica…

Diante do forte cerco tecnológico a que está submetida pelos fornecedores de armamentos ocidentais – reflexo do relacionamento hostil entre os governos de Buenos Aires e de Londres por causa das Ilhas Malvinas (que os britânicos chamam de Falkland) –, os aviadores militares argentinos estão cada vez mais próximos da indústria de material bélico israelense.

Sabe-se agora que, durante a última edição do Paris Air Show, em Le Bourget, no mês de junho, o chefe da área de Material da Força Aérea Argentina, brigadeiro Ezequiel Gil, além de conversar com dirigentes da IAI (Israel Aerospace Industries), fornecedora dos caças Kfir modernizados, manteve reuniões também com representantes das empresas israelenses Rafael – de mísseis –, e Elbit – de aviônicos militares.

A Area Material Río Cuarto (AMRC) – principal parque de material aeronáutico da FAA –, na Província de Córdoba, está trabalhando para colocar em condições de serviço um A-4AR Fightinghawk do lote que foi desativado 13 anos atrás, para ser conservado até o momento em que o Estado-Maior da FAA julgasse conveniente devolvê-lo à ativa.

Area Material Río Cuarto

Os especialistas da AMRC cuidam de outras três aeronaves do mesmo modelo – dois monopostos e um biposto – com igual objetivo: garantir que possam voar de novo.

Segundo a coluna INSIDER pôde apurar, o plano é que o Grupo 5 de Caça, sediado na Província de San Luis, possa, até meados do ano que vem, ter em operação uma dúzia de jatos A-4AR.

A recuperação desses aviões é importante porque dentro de 90 dias os últimos Mirages III da FAA deixarão de operar, e todo o componente de combate da aviação argentina ficará reduzido aos jatos subsônicos Pampa II remotorizados (pela empresa americana Honeywell) que estão sendo entregues no Grupo 6 de Caça, sediado na Base Aérea de Tandil, nos arredores da capital argentina.

No ano passado, a própria IAI ofereceu ajuda técnica aos militares argentinos para recuperar os caças A-4, caso o Estado-Maior da FAA optasse pelos jatos Kfir de segunda mão modernizados para o padrão C-10, proposta que está em vigor neste momento.

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Fim do sonho: ‘Defense News’ diz que negociação do Brasil para viabilizar o Gripen ‘argentino’ fracassou

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Concepção artística do futuro Gripen NG; a imagem foi produzida pela SAAB, fabricante da aeronave

O respeitado site de assuntos militares americano Defense News colocou uma pedra sobre o aclamado “acordo estratégico” firmado, no segundo semestre de 2014, pelos ministros da Defesa do Brasil e da Argentina, no campo aeronáutico.

De acordo com um texto do correspondente do site em Buenos Aires, José Higuera, publicado no último dia 25, a negociação empreendida pela Embraer e pelo grupo sueco SAAB para tentar viabilizar a entrega de um lote de caças Gripen E/F (Gripen NG) à Força Aérea Argentina fracassou. E, a essa altura, o que resta à aviação de caça dos argentinos é receber uma partida de caças usados israelenses Kfir modernizados ao padrão C-10 Block 60.

O anunciado interesse do governo de Buenos Aires na aquisição de caças sino-paquistaneses JF-17 Thunder teria sido arquivado em maio passado, quando ficou claro que a instalação dos aviônicos requeridos pelos militares sul-americanos encareceria demasiadamente o valor unitário da aeronave.

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JF-17: “Defense News” diz que os militares argentinos preferiam o Gripen NG ao caça sino-paquistanês…

Custo – Em seu texto – intitulado “Os olhos da Argentina nos Kfirs de segunda mãos para substituir os Mirages” (Argentine Eyes Second-Hand Kfirs to Replace Mirages) Higuera lembra que “a aquisição do Saab Gripen NG, proposto pelo governo brasileiro e que viria da futura linha de montagem no Brasil, também tinha sido considerada em paralelo com a do JF-17. De acordo com as fontes militares consultadas pela Defense News em Buenos Aires, o Gripen NG era uma opção mais interessante para a Força Aérea Argentina que o JF-17.

Mas no final de 2014, o governo do Reino Unido, preocupado com uma ameaça potencialmente maior para as Ilhas Malvinas, deixou vazar para a mídia que iria vetar a transferência para a Argentina de qualquer componente do Gripen produzido ou desenhado pelos britânicos”.

Higuera prossegue: “O Gripen NG não foi imediatamente descartado por Buenos Aires porque, depois de um pedido das autoridades brasileiras, que estavam ansiosas para vender o jato para a Argentina, a SAAB concordou em explorar a viabilidade e o custo da substituição dos componentes britânicos da aeronave por equivalentes não-britânicos.

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Propaganda da SAAB durante a competição internacional que redundou na vitória do Gripen NG no Brasil

A substituição de componentes foi considerada tecnicamente viável, mas iria exigir uma modificação longa e cara da estrutura do avião, bem como a integração e o teste dos componentes substitutos. O custo elevado dessas modificações revelou-se maior do que as autoridades argentinas estavam dispostas a pagar, assim eles também descartaram o Gripen”.

De acordo com o Defense News, o chefe da área de Material da FAA, brigadeiro Ezequiel Gil, realizou, em junho – durante o Salão Aeronáutico de Le Bourget –, várias reuniões com dirigentes da IAI (Israel Aerospace Industries) e de outras empresas israelenses que devem colaborar na montagem do modelo do Kfir requerido pelos argentinos.

A Força Aérea Argentina quer adquirir até 18 aeronaves da IAI, como uma solução de curto prazo capaz de preencher seu requisito de possuir um avião de combate de alto desempenho capaz de operar pelos próximos 10 ou 12 anos.

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Kfir C-10 com as cores da Força Aérea Colombiana

De acordo com uma fonte argentina (não identificada) de Higuera, dentro de oito anos os argentinos voltarão a vasculhar o mercado internacional de caças, em busca de um modelo capaz de substituir os antiquados caças A-4AR Fightinghawk.

Nesse momento o mais provável é que a FAA solicite recursos para a importação de 36 aeronaves de interceptação e defesa aérea – mas o Gripen sueco já está descartado.

Fonte: Plano Brasil