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Marinha, Aeronáutica e clubes militares repudiam resolução do PT

Brasília – A temperatura nos quartéis se elevou ainda mais por conta da resolução do Partido dos Trabalhadores sobre conjuntura política que diz que os petistas foram “descuidados” por não terem modificado os currículos das academias militares e por não terem promovido oficiais que, na avaliação do antigo governo, tinham o que consideram ser compromissos “democráticos e nacionalistas”. Na sexta-feira, depois de o Comando do Exército ter apresentado sua “indignação” com a declaração dos petistas, a Aeronáutica e a Marinha também repudiaram as afirmações.

Os presidentes dos Clubes Naval, da Aeronáutica e Militar, em um artigo intitulado “Democratas e nacionalistas”, falam do “cuidado que devemos ter ao ler qualquer documento de partidos esquerdistas, pois a linguagem que empregam é, maliciosamente, deturpada para que concordemos com ela”.

O trecho contestado por militares da ativa e da reserva diz: “Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação”.

A Marinha do Brasil, ao rechaçar o trecho do documento, lembra que, “como uma das instituições permanentes do Estado, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, tem como um de seus princípios basilares o distanciamento de qualquer tipo de ideologia ou ordenamento de caráter político ou partidário”. Acrescenta ainda que “mudanças nos currículos das Academias e nos critérios de promoção, dentro do contexto em que foram feitas em documento do PT, só terão como consequências a perda do profissionalismo que caracteriza nosso trabalho e a indesejável politização dos militares”.

Já a Aeronáutica, depois de ressaltar que as Forças Armadas são instituições de Estado e que não costuma responder a partidos políticos, disse que “são absolutamente infundadas essas considerações”. Para a Força Aérea, “atacar o currículo das escolas militares que tem como base a disciplina e ética, além do profissionalismo, é inaceitável”. A Aeronáutica citou também que o currículo das escolas das forças “garante todos os níveis indispensáveis da formação militar, acadêmica, moral e profissional”.

A nota do PT, segundo a FAB, “nos atingiu bastante”, inclusive no item que trata das promoções porque os critérios da força “são totalmente baseados na meritocracia, em função do desempenho do oficial ao longo da sua carreira, baseado em aspectos profissionais, intelectuais e morais e, acima de tudo, em defesa do Estado brasileiro”. Acrescentou ainda que a formação dos militares é “totalmente cercada por critérios muito bem estabelecidos e democráticos”.

Um outro integrante do Alto Comando do Exército, “indignado” com a postura petista, questionou: “A pergunta que eu gostaria de fazer ao Rui Falcão (presidente do PT) é se ele quer mudar o currículo das escolas militares para resolver qual problema? Que oficial com compromisso democrático e nacionalista é este que vocês querem? Por acaso nossos oficiais de hoje não são democratas? Não são nacionalistas? O que vocês estão querendo com isso?”. Em seguida, o general desabafou afirmando que as escolas militares são reconhecidas no mundo inteiro porque os militares são formados, graduados e aperfeiçoados, fazem cursos de altos estudos e de política estratégica para formar profissionais de Estado. “Nós somos profissionais de Estado. Nós servimos ao Brasil e não a partidos. É lamentável ter essa pretensão. Para mim, isso é fazer proselitismo político”, emendou. “Foi uma provocação a todas as instituições de Estado e até à imprensa. É muita pretensão. É inadmissível o que está escrito ali. É uma barbaridade”, prosseguiu ele, salientando que os militares, “neste conturbado processo político, permaneceram firmes, serenos, seguros e cumprindo o estrito papel que cabe às Forças Armadas pela Constituição”.

Os três Clubes Militares, em nota conjunta, citam que o documento petista “apresenta uma série de chavões esquerdistas, como dizer que o Estado está agora sob a direção de velhas oligarquias, que as mesmas aplicaram um golpe de estado, que estamos adotando o modelo econômico preconizado pelo grande capital, que o impeachment é um golpe casuístico para depor um governo democraticamente eleito”.

Em seguida, fala sobre o trecho questionado no texto petista que trata das “possíveis falhas que levaram ao fim do projeto socialista de eternização no poder” e que entre elas aponta a não interferência nas promoções e no currículo da área militar.

Para os presidentes dos três clubes militares, que são porta-voz dos oficiais da ativa, “o parágrafo é particularmente revelador sobre a mentalidade distorcida que domina a esquerda e a insistência em suas teses de dominar instituições que, no cumprimento da lei, impedem a realização de seus sonhos totalitários, que eles denominam democratas, na novilíngua comunopetista”.

Os militares criticam ainda o fato de o PT enxergar “uma sabotagem conservadora na ação democrática que os impediu de dominar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, seu objetivo permanente”. Ao se referir à questão de reformulação dos currículos das escolas militares, citam que ali é um “reduto de resistência à releitura da História que pretendem, o que fica claro na Base Nacional Comum Curricular proposta pelo MEC, e também nos textos revisionistas constantes dos livros didáticos, particularmente os de História, com que vêm difundindo suas ideias distorcidas e fazendo verdadeira lavagem cerebral em nossos jovens estudantes, há longo tempo”. E acrescentam que tudo isso ocorre “sob o olhar complacente e até mesmo sob o aplauso de mestres e pais politicamente corretos”.

Depois de condenar a tentativa de “domínio da imprensa por meio do controle das enormes verbas publicitárias que controlam”, os presidentes dos clubes dizem que, “quanto à promoção de oficiais com compromisso democrático e nacionalista, isto é o que vem sendo feito desde sempre, pois as Forças Armadas são o maior depósito e fonte de brasileiros democratas e nacionalistas de que a Nação dispõe”.

 

Fonte: Estadão

Falta de recursos deixa 46% da frota da Marinha parada

  • Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

    Raul Jungmann diz que projetos que são fundamentais estão em 2º plano

    Raul Jungmann diz que projetos que são fundamentais estão em 2º plano

O presidente em exercício Michel Temer terá de lidar com o descontentamento nas Forças Armadas com as graves restrições orçamentárias que vêm enfrentando nos últimos anos.

A Marinha está com 46% da frota parada e sem navios de escolta suficientes para dar proteção às plataformas do pré-sal. A previsão é que o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear atrase mais quatro anos, sendo concluído após 2025 – última projeção feita.

No Exército, a situação também é considerada complicada e houve necessidade de se fazer um redesenho do portfólio estratégico da Força. Os frequentes contingenciamentos exigiram redução drástica na linha de produção do blindado Guarani, que poderá levar a Iveco, fabricante do equipamento, a suspender a produção por falta de pagamento. Segundo informações, o Exército não terá recursos para pagar a empresa daqui a três meses.

Na Aeronáutica, não é diferente. Quase metade da frota está parada. A construção do avião cargueiro KC 390 só está em prosseguimento porque a Embraer, mesmo sem receber o R$ 1,4 bilhão devido pelo governo federal, está bancando o projeto sozinha, que já sofre atraso de dois anos na sua certificação.

“Quase a totalidade do orçamento (da pasta) hoje é consumido com custeio de pessoal, deixando em segundo plano projetos que são fundamentais para a garantia da soberania do país e para o avanço tecnológico que, apesar de serem germinados na Defesa, transbordam a Defesa e trazem benefício para todo o desenvolvimento do país”, disse ao Estado o novo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

“Precisamos criar base para ter uma previsibilidade para garantir desembolso de recursos que deem continuidade, em um ritmo adequado, dos projetos estratégicos evitando que projetos que deveriam durar cinco, seis anos, não durem 20 ou 30 anos, como estamos vendo hoje.”

Fronteiras

Jungmann fez referência, por exemplo, ao projeto do Sistema Integrado de Monitoramento das fronteiras (Sisfron). “Ele é de importância vital para o país”, afirmou , para quem o Brasil tem de ter “um cuidado especial com suas fronteiras, especificamente com a Venezuela que hoje vive em uma instabilidade grande e que muitas vezes provoca uma migração para cá”.

O Sisfron começou a ser implantado em 2013, com prazo de conclusão de 10 anos. Só que, se for mantido o cronograma atual de repasses, ele só será finalizado em 2040, já com equipamentos obsoletos.

O atraso impacta 22 empresas nacionais de alta tecnologia envolvidas no processo, com demissão de pessoal qualificado e eliminação da capacidade produtiva.

Dos R$ 185 milhões que o Exército precisava, no mínimo, este ano, para dar prosseguimento ao projeto em 2016, a previsão – ainda sujeita a cortes – não chega a R$ 140 milhões.

Os chamados restos a pagar do ano passado que já deveriam ter sido repassados às empresas que estão trabalhando no projeto somam R$ 236 milhões.

A Marinha –cujos navios que estão operando tem idade média de 33,3 anos– também sofreu um forte baque no final de 2015, quando teve de suspender, devido a restrições orçamentárias, o projeto para controlar e vigiar a zona econômica exclusiva brasileira do Oceano Atlântico, chamado de Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz).

O projeto, semelhante ao Sisfron das fronteiras, iria proteger uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados do Atlântico, onde o Brasil tem imensas plataformas petrolíferas.

No caso da Aeronáutica, a demora do governo em concluir a compra de 36 aviões de caça para atualizar a frota da Força Aérea Brasileira deixou ameaçada a capacidade do país de proteção do espaço aéreo nacional.

O projeto só foi assinado em agosto passado, após se arrastar por mais de 12 anos. Outro projeto que sofre restrição orçamentária é o programa de dados, que permite o uso de comunicação por data link entre controladores de tráfego aéreo e pilotos. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

NAVIO-PATRULHA PIRATINI REALIZA INTERCÂMBIO COM A MARINHA DA ALEMANHA

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Foto: Militares reunidos no Navio-Patrulha Piratini

O Navio-Patrulha Piratini, subordinado ao Comando da Flotilha de Mato Grosso, embarcou, no período de 25 de abril a 05 de maio, dois militares da Marinha da Alemanha, o Capitão de Corveta (FN) René Sator e o Cabo (FN) André Tafferner, ambos componentes do Seebataillon, batalhão subordinado à Flotilha 1, sediada em Kiel, Alemanha.

Durante o intercâmbio, o Navio-Patrulha Piratini realizou Patrulha Naval, Patrulhamento e Inspeção Naval no Rio Paraguai, em área fluvial compreendida entre o Complexo Naval de Ladário e a cidade de Porto Murtinho, Estado de Mato Grosso do Sul,  a fim de incrementar a ação de presença na área de Jurisdição do Comando do 6° Distrito Naval.

O Seebataillon é um batalhão de múltiplo emprego, capacitado para prover proteção a meios navais, realizar abordagem em embarcações, Operações de Defesa de porto, Contramedidas de Minagem com o emprego de mergulhadores, dentre outras atividades.

A comissão proporcionou aos militares alemães acompanharem, além das atividades de Patrulha e Inspeção Naval, os adestramentos de combate a incêndio e as peculiaridades da navegação fluvial. Ressalta-se a contribuição deste intercâmbio para a troca de experiências e o estreitamento de laços de cooperação e amizade de ambas as nações.

Fonte: Marinha do Brasil

Marinha avalia reforma do maquinário do porta-aviões São Paulo

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O porta-aviões São Paulo está boiando sem função na Baía da Guanabara (RJ).

O casco está bom mas o maquinário já era. A Marinha do Brasil pretende reformar o motor. Criou comitê no setor de material para fazer um diagnóstico da propulsão e sistemas no entanto os recentes contingenciamentos do já escasso orçamento de Defesa jogou por água abaixo a pretensão da marinha, com a recente compra do Navio de Apoio Logístico “Bahia” ex-Siroco junto a França o orçamento ficou ainda mais no vermelho, levando a Marinha a repensar a aposentadoria forçada de alguns navios a exemplo da Corveta Imperial Marinheiro.

EX-SENADOR DO PT TEME INTERVENÇÃO MILITAR E DÁ CONSELHO A DILMA ROUSSEFF

O ex-prefeito e ex-senador Saturnino Braga (PT-RJ)  acaba de lançar um sinal de alerta: se a radicalização política chegar ao ponto de “paralisar a economia” e jogar “toda a atividade brasileira no chão”, os militares podem entrar em cena. Em entrevista que a Globonews reexibirá neste sábado, às 8:30 da manhã e às 16:30, o senador deixa perguntas no ar: “Quem é que pode desempatar uma guerra interna? Você acha que os militares vão ficar paralisados?”

Aos 84 anos, o  ex-senador faz uma defesa apaixonada da política – numa época em que políticos sofrem de uma rejeição quase generalizada. Diz que não vai se desfiliar do PT, porque, se saísse do partido numa hora de crise aguda como esta, seria chamado de oportunista.

Dá um conselho a Dilma Rousseff: diz que a presidente precisa lançar uma cruzada em busca de entendimento com as lideranças da sociedade, porque o diálogo com os partidos anda radicalizado. Faz este julgamento da presidente: diz que ela é uma mulher de “caráter límpido” e honesta que não sabe manejar as peças do xadrez político.

É duro com o atual Congresso: concorda que é o pior já eleito. Não vê, no cenário político, nenhum nome em quem possa apostar as fichas para a Presidência da República. Duvida que Lula, “se puder”, vá se candidatar, porque o ex-presidente correria o risco de jogar fora o capital que acumulou quando estava no poder.

Uma revelação sobre os bastidores do poder: o ex-senador diz que, assim que assumiu a Prefeitura do Rio, recebeu um recado das empreiteiras. Em resumo: o recado dizia que era praxe as empreiteiras encaminharem ao prefeito, para suas “atividades políticas”, um percentual do faturamento obtido com obras. Saturnino deveria dizer se mantinha a velha praxe ou se sugeria algum outro percentual. O prefeito mandou dizer que não aceitava a oferta – mas, quando chegasse a época das eleições, iria, sim, pedir ajuda das empreiteiras para a campanha.

É uma declaração rara entre políticos que exercem ou exerceram cargos executivos: a admissão de que recebeu ofertas.

Aqui, o trecho em que o ex-prefeito revela seus mais preocupantes temores sobre o desfecho da atual crise política:

GMN: A curto prazo, o que o senhor acha que pode acontecer com essa crise política? Qual é o desfecho?
Saturnino Braga: “O desfecho pode ser processual, no Congresso, com um impeachment; pode ser o governo da presidenta Dilma conseguindo recompor a maioria – com Lula ajudando; pode ser a continuação desse atrito aí; pode ser um confronto de rua lamentável – que pode ocorrer; pode haver uma guerra. E uma guerra me lembra de cinquenta e dois anos atrás:1964. Porque 1964 foi uma guerra. Ali, houve um confronto. E nenhuma das duas partes em confronto, aqui pra nós, tinha apreço pela democracia,. A esquerda queria realmente fazer a revolução brasileira. E a direita – os americanos, muito especialmente – no auge da Guerra Fria, não podia tolerar uma segunda Cuba no continente do tamanho do Brasil.
Era uma guerra. A sociedade brasileira não estava preparada para aquela guerra. E o que houve? Uma intervenção militar. O clima não permitia conciliação. Deu-se a guerra. E – da guerra – deu-se a intervenção militar. Se houver uma nova guerra aqui, quem é vai desempatar essa guerra? A minha preocupação é profunda, é enorme. Estou inibido. Não estou mais na linha de frente para atuar. Só para perceber e me preocupar profundamente”.

GMN: Para ser bem direto: o senhor teme uma intervenção militar?
Saturnino Braga: “Temo. Porque os militares são pessoas formadas e educadas para “defender a pátria”, como eles dizem, defender o Brasil. Se o Brasil é ameaçado por uma guerra interna, por uma radicalização que paralise a economia e jogue toda a atividade brasileira no chão, você acha que os militares vão ficar paralisados e assistindo a isso? Eu acho não”.

GMN: Isso parece uma preocupação minoritária. Poucas pessoas falam a sério do risco de uma intervenção militar. Que indícios o senhor vê?
Saturnino Braga: “Não vejo nenhum indício. Vejo numa situação concreta que pode exigir um desempate a favor do Brasil. Quem é que pode desempatar uma guerra interna a favor do Brasil?”.

GMN: Quando o senhor fala em guerra interna, o senhor se refere a conflitos de rua ?
Saturnino Braga: “A conflitos de rua e a situações inconciliáveis : uma obstrução das instituições. Pode haver baderna no Congresso; não funcionar mais a instituição. Pode haver invasão do poderes; muita coisa pode acontecer de grave, extremamente grave, num clima de tensão que está numa escalada que a gente não pode imaginar onde vai parar”.

GMN: Se o senhor participasse um gabinete de crise e fosse convocado a Brasília par uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, qual o primeiro conselho que o senhor daria a Dilma Rousseff?
Saturnino Braga: “Convoque a nação, convoque os líderes empresariais, os líderes sindicais, os líderes estudantis – enfim, as lideranças da sociedade – e procure um entendimento para encontrar a saída, porque, pelos partidos políticos, parece que que a coisa vai à guerra. E, na guerra, a gente não sabe o final”.

GMN: Se a situação se agravar, a ponto de a presidente estar diante de duas opções – a renúncia ou enfrentar o impeachment – o que é que o senhor diria a ela?
Saturnino Braga: “O caminho da renúncia é sempre um caminho deprimente. É um caminho que tem conotações de diminuição e de redução da personalidade. Eu não daria a ninguém o caminho da renúncia. Já o caminho do enfrentamento cego também acaba em deposição. É preciso fazer o esforço da negociação com a sociedade, na medida em que negociação com os partidos políticos está muito fechada, muito complicada, muito radicalizada. Com as lideranças empresariais, lideranças sindicais, lideranças estudantis, lideranças da juventude, lideranças da mídia, é preciso buscar na sociedade a possibilidade de um entendimento, a viabilidade de um entendimento!”.

 

Fonte: G1 – Geneton Moraes Neto

Marinha do Brasil realiza a “Operação ASPIRANTEX 2016”


Aspirantes no convoo do NDCC “Garcia D’ Ávila”

 

No dia 18 de janeiro, o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Garcia D`Avila suspendeu da Base Naval de Mocanguê, no Rio de Janeiro, dando início à “Operação ASPIRANTEX 2016”, que ocorre até o próximo dia 28 de janeiro e envolve diversos meios navais e aeronavais.

A ASPIRANTEX, que este ano conta com 210 Aspirantes, executa exercícios de caráter militar, ligados às tarefas básicas do Poder Naval, para familiarizá-los com a vida no mar e contribuir para a orientação dos 151 Aspirantes do 2º ano sobre a opção do Corpo (Armada, Fuzileiros Navais ou Intendentes) e a escolha da habilitação militar (mecânica, eletrônica, sistemas e administração).

A programação da Operação conta com duas fases, uma de mar e outra de porto. Durante a navegação, serão realizadas atividades como: operações de ataque, de esclarecimento, de apoio logístico móvel, antissubmarino, de superfície, de defesa aeroespacial e de guerra eletrônica, todas de caráter estritamente militar e com a participação direta dos Aspirantes. Já na fase de porto, os navios atracarão nas cidades de Itajaí e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e na cidade de Santos, em São Paulo, onde irão realizar exercícios de segurança orgânica e estarão abertos à visitação pública.


Recebimento da Aeronave SH-16 durante o exercício da “Operação ASPIRANTEX 2016”

Os meios participantes da ASPIRANTEX 2016 são: o Navio de Desembarque de Carros de Combate “Garcia D’Avila” com uma aeronave UH-15 embarcada; o Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia” com uma aeronave SH-16 embarcada; a Fragata “Constituição” com uma aeronave AH-11A; a Fragata “Liberal” com uma aeronave UH-12 embarcada; e a Fragata “Greenhalgh” com uma aeronave UH-12 embarcada.

Também participam da comissão, dando apoio aos exercícios, os seguintes meios: o Submarino “Tapajó”; o Navio-Patrulha Oceânico “Apa”; o Navio-Patrulha “Gurupá”; o Navio-Patrulha “Babitonga”; três Carros Lagarta Anfíbio; e duas aeronaves AF-1, além de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira.

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Fonte: Agência Força Aérea

Saiba o porquê de as embarcações serem registradas em outros países

Todos os iates, lanchas, barcos e navios devem ser registrados em um porto de um determinado país, estando sujeitos às leis daquela jurisdição e podendo, inclusive, reivindicar proteção daquele país em momentos de dificuldade. Todo o proprietário de embarcação, provavelmente, já deve ter notado o aumento do número de iates que usam bandeiras de países exóticos em vez de bandeiras tradicionais no topo de seus mastros. Isto não é surpreendente devido às grandes vantagens que o registro de iates e navios no exterior traz ao seu dono!

Registro de embarcações através de uma empresa offshore

Muitas jurisdições exigem que o proprietário do iate seja um cidadão do país. Portanto, você pode usufruir dos benefícios de registrar a sua embarcação no exterior através de uma empresa offshore. Sendo assim, você primeiro faz a incorporação da empresa offshore depois transfere o iate para a empresa.Você seráo dono da empresa e a empresa será o dono do iate. Além do mais, esse tipo de estrutura é usada para limitar suas responsabilidades pessoais. Essa solução permitirá usar o iate de forma confidencial, sem registros oficiais de sua propriedade pessoal, protegendo assim seu ativo.

Outra maneira de fazer isso é incorporar a empresa offshore e só então, após a construção ou a aquisição de uma nova embarcação, o iate pode ser registrado sob essa entidade jurídica.

Benefícios fiscais, legais e de registro de iates e navios no exterior

  1. Dependendo da jurisdição onde a embarcação for registrada, nenhum imposto é pago sobre os salários da tripulação de navios que operam em águas internacionais.
  2. Dependendo da jurisdição que o barco está registrado, não há nenhum tributo sobre ganhos de capital ou sobre a venda ou transferência de um navio ou de ações de uma companhia de navegação.
  3. Dependendo da jurisdição em que o navio está registrado, as empresas de gestão de navios de propriedade de não residentes e os navios que operam em águas internacionais não pagam nenhum imposto sobre os seus lucros.
  4. Taxas de IVA mais baixas quando aplicável.
  5. Baixos custos de registro. Isso inclui um processo de registo muito mais simples, com menos de documentação e papelada, poupando-lhe tempo e dinheiro.
  6. Dependendo da jurisdição que o navio está registrado, companhias de navegação são praticamente livres de qualquer tipo de imposto.
  7. Registro de um iate pode ser feito de forma anônima.
  8. Confidencialidade, riscos e passivos limitados quando um iate pessoal é transferido para uma empresa offshore.
  9. Riscos reduzidos e liberdade de viajar. Muitas jurisdições offshore dão aos proprietários de iates a liberdade de mobilidade, isso porque muitos países possuem relações difíceis entre si, podendo causar tensões em alto mar. Assim, ter uma bandeira de um país considerado neutro trará confidencialidade ao proprietário do iate e menos conflitos, já que sua verdadeira cidadania não será identificada.
  10. De acordo com a jurisdição onde o iate é registrado, não haverá nenhum imposto sobre os dividendos recebidos de uma empresa que é proprietária do barco.
  11. Dependendo da jurisdição que o navio está registrado, não haverá nenhum imposto de renda sobre compensações para os oficiais e tripulantes.

Jurisdições populares para registro de iates e navios

  • Panamá
  • Nevis
  • Mônaco
  • Belize
  • BVI
  • Delaware
  • Gibraltar
  • Malta

Os procedimentos padronizados para registrar seu iate no exterior

Obviamente, cada jurisdição terá suas próprias exigências, mas aqui você pode ver a principal exigência de que cada um deles vai exigir:

  • Normalmente, o registro de navios e iates é permitido aos cidadão com empresas registradas na jurisdição escolhida pelo proprietário, por isso o uso de uma empresa offshore pode satisfazer essa exigência dependendo da jurisdição.
  • A escritura ou o certificado de fabricante.
  • Um certificado de conformidade por um auditor internacional.
  • Normalmente, os navios com mais de 20 anos terão de passar por uma inspeção especial por um inspetor autorizado na jurisdição onde o barco será registrado.

Quanto tempo leva para ter seu iate registrado no exterior?

Aproximadamente entre 7 a 30 dias úteis, dependendo da jurisdição onde a embarcação for registrada.

Dr. Marco Antonio Vasquez Rodriguez é advogado e diretor da Vasquez Rodriguez Advocacia e Consultoria em São Paulo especializado em proteção patrimonial, planejamento sucessório, planejamento tributário e planejamento empresarial; mestre em Teoria Geral do Direito e do Estado, especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários – IBET e Extensão Universitária pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo-USP

 

Fonte: http://www.sociedadeinternacional.com/registro-de-iates-e-navios-no-exterior/