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Em breve voltaremos com as simulações em grande estilo!

Brasil em Guerra: Batalha pela Amazônia

Por Francisco Santos

O ano é 2022, uma grave crise econômica acomete o país e um novo governo se levanta em meio ao caos, um governo forte e reformista que investe pesado em seus sistemas de defesa e forças armadas.

As tensões na região aumentam com a invasão dos EUA a Venezuela sob o pretexto de combater narcotraficantes que colocam a segurança do país em risco, o Brasil surge como grande aliado dos americanos no conflito ao lado da Colômbia.

2026 – 3 anos se passaram desde o inicio do conflito na região, a Venezuela é um caos, guerrilhas urbanas acometem os soldados aliados e revoltas anti conflito se espalham pelas principais cidades de Brasil e Colômbia, milhares vão as ruas americanas pedindo o fim do conflito, na outra ponta as milicias venezuelanas apoiadas por China e Rússia ganham cada vez mais terreno em meio ao crescente apoio anti guerra e no dia 25 de setembro de 2026 é assinado na cidade de Brasília o Tratado de Armistício entre os aliados Brasil, EUA e Colômbia e a Venezuela e Cuba tendo representantes de China e Rússia como observadores, os Andes Venezuelanos permanecem ocupados pela Colômbia enquanto toda fronteira sul do país é ocupada por tropas brasileiras. Duras críticas da França governada pelo presidente François Richele da direita radical francesa atingem o tratado chamado por ele de Novo Imperialismo. Brasil e Colômbia convocam seus embaixadores em Paris e se inicia uma crise política sem precedentes..

2027 – Enfraquecido pelos protestos anti conflito o presidente Miguel Gonzales da Colômbia e Ricardo Medeiros do Brasil renunciam e abrem caminho para os nacionalistas que defendem uma posição mais forte sobre a divisão e responsabilização venezuelana, os nacionalistas brasileiros defendem um distanciamento da França que agora defende a criação de uma Reserva Internacional na Amazônia sulamericana abrangendo os territórios venezuelanos sob controle dos Aliados.

Em breve o Capitulo I

Armas químicas: uma ameaça real

*Por Camilla Gomes Colasso

 

Diante do agravamento da crise dos refugiados na Europa e dos ataques do Estado Islâmico, um tema preocupante vem ganhando cada vez mais destaque na imprensa mundial: as armas químicas.

 

Este assunto pode parecer distante da nossa realidade no dia a dia, mas o uso de armas químicas talvez seja tão antigo quanto a história das guerras na humanidade e é relatado há mais de dois milênios. Em 600 a.C., data do primeiro registro do uso destas substâncias, os atenienses envenenaram as águas de um rio com raiz de Heléboro com o objetivo de intoxicar seus inimigos. Já durante a Primeira Guerra Mundial ocorreu o pico de uso destes agentes, quando o exército alemão aplicou gás cloro em ataques contra seus rivais. Por suas propriedades tóxicas, desde então, agentes químicos são constantemente empregados com propósitos bélicos e morticínio em guerras e atos terroristas no mundo inteiro.

 

Em 6 de janeiro deste ano, o chefe do desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas), Kim Won-soo, afirmou ao Conselho de Segurança que o fiscalizador de armas químicas da organização relatou a possibilidade de o gás letal sarin ter sido usado em um suposto ataque químico na Síria. No ano passado também tivemos alguns acontecimentos registrados pela imprensa. Em 14 de agosto, curdos no norte do Iraque foram atacados com foguetes cheios de agentes químicos, os quais, segundo as informações que ainda estão sendo apuradas, foram bombas de gás cloro lançadas pelo Estado Islâmico (EI). No dia 12 de março do mesmo ano também foram publicadas notícias sobre um possível uso de gás cloro contra a população curda. Estes prováveis ataques com armas químicas têm sido cada vez mais frequentes e preocupantes e o governo norte-americano está praticamente convicto que o grupo EI está produzindo e utilizando armas químicas, entre elas, gás mostarda e gás cloro.

 

Como gerente da Intertox e especialista na área de segurança química e toxicologia, acho lastimável o uso consciente de produtos tóxicos contra seres humanos realizados por grupos desprovidos de responsabilidade e senso humanitário. A toxicologia se recusa a viver com este estigma, já que é uma ciência para a predição da toxicidade de produtos químicos para fins de gerenciamento do risco toxicológico e não dever ser confundida como uma alternativa que cause dor e sofrimento.

 

As armas químicas de guerra são definidas como qualquer substância química cujas propriedades tóxicas são utilizadas com a finalidade de matar, ferir ou incapacitar algum inimigo na guerra ou associado a operações militares. Estes agentes químicos são classificados de acordo com o mecanismo de ação tóxica para os seres humanos, como agentes neurotóxicos, agentes vesicantes e levisita, agentes sanguíneos, agentes sufocantes e toxinas. Alguns destes são tão devastadores quanto outras armas poderosas, já que muitos, além de provocarem lesões imediatas, também estão associados com morbidades e problemas psicológicos a longo prazo.

 

Pensando nestes graves problemas e com o objetivo de proibir o desenvolvimento, produção, estocagem e emprego destas substâncias, assim como o uso de gases tóxicos e métodos biológicos nas guerras, em 1997 foi assinada a Convenção para a Proibição de Armas Químicas (CPAQ), que criou a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons – OPCW) e contou com 189 países signatários, inclusive o Brasil. No entanto, atualmente há um intenso esforço de vários países para produzir armas químicas em escala mundial, desrespeitando os protocolos formais de combate às mesmas.

 

De acordo com a CIA – Agência Central de Inteligência dos EUA, mais de 20 países estão desenvolvendo ou já possuem armas químicas de guerra, entre eles China, Coréia do Norte, Japão, Rússia, França, Inglaterra, Cuba, Estados Unidos, Índia, Irã, Iraque, Paquistão, Síria e Egito. Por não exigirem uma infraestrutura de produção muito sofisticada, os agentes químicos e biológicos letais são meios bélicos acessíveis aos países em desenvolvimento. Tais compostos, como o gás cloro que tem aplicação na indústria, são de fácil obtenção e custo baixo se comparado as armas convencionais e nuclear.

 

O cenário é preocupante e indica que o desenvolvimento, produção e o uso de armas químicas é uma realidade. A facilidade de serem empregadas e o grande número de vítimas que causam são alguns dos motivos que fazem grupos terroristas utilizarem este tipo de armamento. A melhor maneira de combater a prática, que é extremamente condenável sob os aspectos filosófico, religioso, político, humano, moral e ético, por sua periculosidade, pelos efeitos generalizados sobre o meio ambiente e pela facilidade de fabricação, é dar a devida atenção ao assunto, lidando com ele como uma ameaça presente a todo o mundo.

 

*Camilla Gomes Colasso é farmacêutica bioquímica e mestre em Toxicologia e Análises Toxicológicas pela USP. Atua como gerente da empresa Intertox e é especialista em armas e guerras químicas, além de ministrar cursos e palestras na área de segurança química e toxicológica. É autora do livro ‘Ácido Fluorídrico e Fluoreto: aspectos toxicológicos’ e também lança nesta semana o livro ‘Armas químicas: o mau uso da toxicologia’, primeira publicação brasileira sobre o tema.

Fotógrafo mostra como estão cenários da Segunda Guerra Mundial

Guerra entre Brasil e Venezuela: Parte I

Em 2016 como prometido voltam as simulações de guerra que são marca registrada do nosso blog, alias, único blog conhecido no Brasil e quem sabe do mundo a realizar este tipo de matéria e conteúdo especial.

Atendendo a dezenas de pedidos (realmente foram dezenas) de leitores que queriam ver uma simulação de guerra real do Brasil e a Venezuela, o blog prepara uma situação hipotética que resultaria em um confronto, como sempre nossas simulações são dividias em capítulos, espero que gostem.

Atenção! Tudo não passa de uma história FICTÍCIA, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, repetindo mais uma vez: Isto não é notícia falsa e tão pouco “trolagem” é apenas uma história de ficção!

Por Francisco Santos

O Golpe…

Fevereiro de 2016. Após eleições conturbadas, a oposição de direita assume o controle do parlamento venezuelano com maioria esmagadora das cadeiras, inconformado com a derrota nas urnas, Nícolas Maduro, amparado pelos apoiadores chavistas orquestra um golpe judicial e impede a posse da maioria dos parlamenteares após supostas investigações que resultaram em violações eleitorais,  a Justiça é controlada pelos chavistas que elegeram e indicaram somente militantes comunistas para compor os tribunais.

Imediatamente após o golpe judicial, o Parlamento venezuelano é fechado por ordens de Maduro que alega que a casa esta comprometida devido a supostas corrupções e compra de votos pela oposição. Imediatamente a Argentina, agora governada por Macre, que é de direita e consequente opositor das políticas esquerdistas no continente, sugere a suspensão imediata do país do Mercosul e da Unasul. Em Washington – DC/EUA  a OEA suspende temporariamente a Venezuela do órgão enquanto Dilma Russeff sobe a tribuna da organização que se reuniu a pedido da Argentina, e defende cautela nas ações da comunidade internacional, em suas palavras a presidente brasileira classifica as respostas internacionais como desproporcionais e diz que primeiramente é preciso analisar a fundo as ações venezuelanas antes de se tomar atitudes que deteriorem a situação. Após o pronunciamento da presidente brasileira, o Secretário de Estado americano criticou duramente o Brasil por apoiar abertamente o golpe na Venezuela:

_O Brasil foi durante séculos o irmão mais velho do continente e a luz a se seguir rumo a democracia, chegando ate mesmo a sofrer com um regime ditatorial que lhe roubou mais de 20 anos de liberdades e direitos civis.

_Como pode uma presidente e chefe de um Estado de direito defender abertamente um regime ditatorial, quando esta mesma chefe-de-estado veio a sofrer perseguições em uma ditadura igual ou ate mesmo pior a que se instala na Venezuela? – Disse o Secretário de Estado americano em pronunciamento logo após a fala da presidente brasileira.

Após estas duras falas a oposição em Brasília bombardeou o governo de críticas, manifestações tomaram o país, milhões de pessoas foram as ruas, o que contribuiu para o esvaziamento da bancada que defendia abertamente o PT contra o processo de Impeachment movido no final de 2015 contra a presidente Dilma, que ate então estava caminhando para o arquivamento, mas após as declarações o clima mudou e a opinião pública sensibilizada pelas ações venezuelanas e as atrocidades cometidas pelo regime chavista coloca pressão popular pela aprovação do processo de impedimento.

A Imagem de Dilma se deteriora ainda mais após uma CPI do BNDES mostrar mais de 5 bilhões em ajuda para a Venezuela, sendo que mais da metade deste valor encontrava-se com origens obscuras e suspeita de superfaturamento.

EUA e ONU impõe embargo a Venezuela

Suspensa da OEA, e com reuniões da Unasul e Mercosul que decidirão seu futuro, a Venezuela sofre um revés que somente Cuba sofreu no continente, a maior potência do mundo lança sobre a Venezuela um embargo econômico e de venda de armas que afetará de vez a já destruída economia venezuelana, empresas americanas estão proibidas de atuarem no país, e venda de armas estão proibidas pela ONU, nem mesmo a Rússia e a China podem desobedecer um embargo desta magnitude,  além disto tanto a ONU quanto os EUA e a OEA consideram Maduro, como criminoso de guerra pelo massacre de opositores e as prisões ilegais e possíveis torturas em presídios venezuelanos.

FAB intercepta avião comercial com munições e fuzis Imbel na fronteira do Brasil com a Venezuela

As coisas não andam bem para o lado do governo Dilma, mergulhada na maior crise política e econômica dos últimos 50 anos sem contar o maior desastre diplomático da história do Brasil, a relação da presidente com a cúpula militar é a das piores, ainda mais após o corte de 30% no orçamento de defesa e o cancelamento da compra dos Aviões cargueiros KC-390 e o congelamento da compra dos caças Gripen N/G que segundo o governo não cabem no orçamento, aliado a paralisação da construção dos submarinos da Marinha do Brasil, incluindo o nuclear, a cúpula militar esta cada vez mais rebelde em relação ao governo e já mostra sinais de rebeldia em forma de ações militares que visam desmoralizar o governo.

Ás 19:30 de quinta-feira (Mês de fevereiro) caças da FAB,  A-29 que sobrevoavam a Amazônia avistaram um avião comercial que voava sem um plano de voo definido e fora da linha comercial (Trajeto de altitude comercial) , imediatamente os pilotos entraram em contato com o SIVAM (Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia) que desconhecia este voo e tão pouco o Centro de Controles em Manaus tinha informações sobre o voo, imediatamente o comando da Aeronáutica em Brasília ordenou que o avião fosse interceptado, o que ocorreu ás 19:44, onde os caças forçaram o avião a pousar em Boa Vista – RR, na checagem foi descoberto pela Polícia da Aeronáutica  mais de 1.000 fuzis de fabricação brasileira da empresa Imbel  e munições foram descobertos.

Imediatamente após a apreensão , segundo militares, o Ministério da Defesa teria tentado encobrir a ação, no entanto não obteve exito graças ao descontentamento da alta cúpula militar que colocou sob guarda o avião apreendido e convocou o presidente da empresa comercial a prestar esclarecimentos. Imediatamente após a divulgação do ocorrido a ONU e os EUA declararam conjuntamente em New York – EUA que se comprovado a participação do Brasil nesta operação clandestina o país sofreria sanções internacionais.

Continua…

Por Francisco Santos

 

Rússia, China e Obama já perceberam que EUA não são mais uma “hiperpotência”

28set2015--o-presidente-dos-estados-unidos-barack-obama-a-dir-e-o-presidente-da-russia-vladimir-putin-a-esq-se-cumprimentam-antes-de-reuniao-na-assembleia-geral-das-nacoes-unidas-na-sede

Toda iniciativa de Vladimir Putin suscita, em geral, dois tipos de reação no Ocidente. Com admiração, as pessoas se surpreendem diante do grande estrategista do Kremlin, um gênio no cenário internacional. Com consternação e um tanto de condescendência, as pessoas se questionam quanto à passividade de Barack Obama, um receoso num mundo de brutos.

Na Crimeia, em 2014, ou este ano, na Síria, todas as vezes o judoca levou vantagem sobre o jogador de basquete. Como o presidente chinês, Xi Jinping, também tem demonstrado seu poder sobre Washington, daí se conclui a inevitável queda do império americano nesse início de século 21. Mas não é tão simples assim.

As placas tectônicas do poder estratégico estão se movendo, certamente. O mundo parece a cada dia um pouco menos com aquele logo após a Guerra Fria. Nunca essa verdade pareceu tão evidente como nos últimos tempos.

Na política externa, a China e a Rússia têm um objetivo central: contestar a preponderância da liderança americana sobre as questões do mundo. A guerra é ideológica e estratégica. Moscou e Pequim têm marcado pontos em campo, física e politicamente, unidos em uma mesma vontade: contestar a legitimidade que é atribuída aos Estados Unidos como “xerife do mundo”, mesmo sem querer.

Poder quase prometeico

Com sua máquina militar renovada a grandes custos – o orçamento da Defesa representaria mais de 4% do PIB – , a Rússia de Putin tem feito uma demonstração de força na Síria. Pela primeira vez desde o fim da URSS e de seus reveses no Afeganistão, Moscou está mobilizando seu Exército longe de suas bases e reconquistando seu status no Oriente Médio, até então domínio exclusivo dos americanos.

Já a China vem se equipando de uma marinha de guerra e mísseis capazes de expulsar a 7ª frota americana do Pacífico. Assim como a Rússia na Ucrânia, na Geórgia e na Síria, a China tem contado com a força e praticado a política do fato consumado. Com a ambição de estender sua soberania para todo o mar do Sul da China, ela vai se apropriando de ilhotas de propriedade controversa e as transforma em minibases militares. Em seu entorno imediato, Pequim pretende mostrar que ela é a potência suserana, e não mais os Estados Unidos.

Os críticos de Obama tendem a lhe imputar uma sequência desastrosa para a credibilidade dos Estados Unidos. Foi porque Obama não cumpriu nenhuma de suas promessas na Síria, sobretudo no verão de 2013, dizem, que Putin teria se sentido livre para anexar a Crimeia em 2014, enquanto o camarada Xi, em 2015, ia militarizando aos poucos o mar da China meridional. Os detratores de Obama gostam de parafrasear Michel Audiard: “Um intelectual sentado não vai tão longe quanto dois brutos que andam.”

O intelectual da Casa Branca é o primeiro presidente americano a levar em conta uma realidade difícil de se admitir em Washington e entre os aliados dos Estados Unidos: a fase imediata ao pós-Guerra Fria terminou.

Foi-se o breve momento de “hiperpotência”, quando a dominação americana era total do ponto de vista militar, estratégico, ideológico, cultural, econômico, tecnológico. Dessa preponderância momentânea, um grande número de americanos e de europeus tiveram a impressão de que os Estados Unidos para todo o sempre teria um poder quase prometeico, o que explica a percepção, e a decepção para alguns, de um Obama relativamente passivo.

Mas o momento da “hiperpotência” não poderia durar. Foi só um parêntese – 1989-2001, por exemplo – inevitavelmente destinado a se fechar no dia em que Pequim estivesse suficientemente segura de sua força econômica para emergir como potência política e estratégica e onde a Rússia voltaria a ser uma potência militar, sua especialidade. Chegamos a esse ponto, sem contar a chegada de outros polos de potência média, como a Turquia, o Irã, o Brasil e a Indonésia.

Nesse mundo, um duradouro caos multipolar, “ninguém deve se espantar que a preponderância americana seja contestada”, escreveu esta semana a revista “The Economist”. Ela já não é mais a mesma.

Ciente do desastre que foram as intervenções no Afeganistão e no Iraque, e consequentemente a par das limitações das capacidades da ferramenta militar em terras estrangeiras complexas, Obama, segundo Roger Cohen no “New York Times”, sentiu “a necessidade de redefinir a política externa americana” em seu contexto atual: “um mundo interconectado”, onde operam novas potências.

O ex-ministro das Relações Exteriores Hubert Védrine complementa: “Obama tem uma visão adaptada de um Estados Unidos que não é mais uma hiperpotência”, ao mesmo tempo em que continua sendo a mais poderosa das grandes potências.

O presidente tirou disso uma “doutrina da contenção”, diz Cohen. Talvez sua política para a Síria tenha sido uma catástrofe. Provavelmente ele está “preocupado demais com os custos da ação e não o suficiente com os da inação”, observa Dennis Ross, um dos conselheiros da diplomacia americana. Richard Haass, outro conselheiro, diz: “Acho que Obama está exagerando os limites e subestimando as possibilidades do poder americano mesmo em um ambiente onde é cada vez mais difícil traduzir poder em influência.”

Mas ocorre que esse ambiente, esse mundo do século 21, esse caos multipolar, não foram inventados por Obama. Seu sucessor, seja ele democrata ou republicano, terá as mesmas restrições e provavelmente observará a mesma cautela. Ela ou ele deverá administrar uma relação com Moscou e Pequim cada vez mais difícil, onde oscilarão possibilidades de confronto, direto ou indireto, e necessidades de cooperação. Amigos ou inimigos? Ambos, dependendo do assunto.

Fonte : Noticias UOL

Atualizado: Segundo mídia iraniana: Iemitas atacam base Saudita matando 66 militares, destruindo 17 aviões de combate e 09 helicópteros de ataque

Apesar de não confirmada pelo governo Saudita e pela mídia de países aliados de Riad, várias fontes de países àrabes e Mulçumanos atestam que a Arábia Saudita sofreu um pesado ataque em seu território. O ataque efetuado com armas de longo alcance disparadas pelas forças de resistência e governamentais do Iemen teria como alvo uma importante base aérea saudita próxima à fronteira do Iemen.

Veja vídeo Live Leak clicando aqui

http://www.liveleak.com/view?i=c09_1444904211

A fonte iraniana FNA divulgou em nota que o exército iemenita e forças populares atacaram e causaram pesadas perdas à base Aérea Saudita de Khamis Mushait, posicionada em um ponto estratégico na província de Asir ao sul da Arábia Saudita.
O ataque foi efetuado por misseis Scud, que segundo o noticiário Iraniano, teria levado a morte 66 militares sauditas, entre eles, oficiais e comandantes de alto escalão, bem como,  promoveu ainda a destruição de cerca 17  caças  F-15  e  9 helicópteros de ataque AH-64 Apache .

Pelo menos dois comandantes, foram mortos quando os mísseis iemenitas atacaram Khamis Mushait, no que foi alegado ser uma “retaliação à agressão do reino contra a nação”, foi o que declarou um oficial do exército Iemita.

Nessa guerra pouco conhecida pelo público mundial, forças governamentais e a resistência de populares e grupos tribais se juntaram no Iemen para resistir ao que consideram uma invsão do Reino Saudita e a coalizão de estados Árabes em uma guerra não declara ao Iemen.

A nota iraniana afirma que outros 300 militares sauditas também ficaram feridos no ataque de mísseis. Na última quinta-feira, o exército do Iêmen disparou um míssil Scud contra a base aérea de Khalid bin na província de Asir.YEMEN-MAP-KHAMIS-MUSHAIT--e1433661186424

Em meio ao conflito, fontes iranianas atestam que Israel tem promovido a entrega de armas para os sauditas, o que  a imprensa israelense tratou de desmentir, alegando não haver informação confirmada de que Israel apoie a Arábia Saudita em sua guerra contra o Iêmen.

Na quarta-feira, aviões de comabte sauditas bombardearam a província iemenita de Ta’iz, deixando pelo menos 4 civis mortos nos ataques que atingiram um aeroporto em Ta’iz, segundo relatos.

Também na quarta-feira, ataques aéreos sauditas atingiram a província iemenita de Saada, matando pelo menos um civil e ferindo vários outros.  Enquanto isso, a artilharia e mísseis sauditas atingiram várias regiões da mesma província.

A Arábia Saudita marca assim 205 dias de ofensiva no Iêmen que busca restaurar o poder para Hadi, um aliado próximo de Riad. Para os Iemitas, os ataques Sauditas já mataram pelo menos 6638 iemenitas, incluindo centenas de mulheres e crianças.

Hadi deixou o cargo em janeiro e se recusou a reconsiderar a decisão, apesar dos apelos dos revolucionários Ansarullah do movimento Houthi. A  alegações de Riade de que os bombardeios tem como alvo os combatentes Ansarullah, a aviação saudita por vezes tem bombardeado áreas residenciais e infra-estruturas civis.

Fonte: FNA

1962: Ultimato de Kennedy na crise dos mísseis de Cuba

Mísseis estão agora em museu cubano

Em outubro de 1962, o confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética colocou o mundo à beira de um conflito nuclear. Aviões de reconhecimento norte-americanos descobriram mísseis soviéticos de médio alcance instalados em Cuba.

Com alcance de 1.800 quilômetros, eles poderiam atingir alvos em todo o sudeste dos Estados Unidos, incluindo Nova Orleans, Houston, St. Louis e até Washington. A URSS ainda preparava a instalação de outras rampas de lançamento de mísseis no país centro-americano. Fotos aéreas não deixavam dúvidas de que os russos pretendiam colocar suas bases em condições de ataque.

Bloqueio naval contra Cuba

No dia 22 de outubro, o presidente John Kennedy denunciou, em pronunciamento pela televisão, a existência dos mísseis russos na América Central. “Essas rampas não devem ter outro objetivo que o ataque nuclear contra o mundo ocidental”, declarou.

Para ele, a transformação de Cuba em base estratégica, com a instalação de armas de destruição em massa, representava uma ameaça à paz e à segurança do continente americano. “Nem os Estados Unidos nem a comunidade internacional irão se iludir e aceitar esta ameaça”, advertiu.

Ainda no mesmo dia, os EUA decretaram um bloqueio naval contra a ilha de Fidel Castro e deram um ultimato à URSS. Kennedy exigiu do chefe de Estado Nikita Khruchov o imediato desmonte das rampas, a retirada dos mísseis e a renúncia à instalação de novas armas ofensivas em Cuba. Washington advertiu também que, caso o bloqueio fracassasse, a ilha seria invadida.

ONU contorna ameaça de guerra

Qualquer transgressão do bloqueio por navios soviéticos poderia desencadear a guerra entre as duas potências atômicas. A Organização das Nações Unidas ofereceu-se para mediar. A crise foi administrada e acabou sendo contornada. No dia 28 de outubro, Khruchov cedeu à pressão norte-americana, retirando os mísseis e admitindo uma inspeção da ONU.

Em contrapartida, Kennedy garantiu que os Estados Unidos não fariam novas tentativas de invasão a Cuba, como a que fracassara na Baía dos Porcos em 1961. Num acordo secreto com a URSS, os EUA também se comprometeram a retirar seus mísseis tipo Júpiter da Turquia.

A crise de Cuba entrou para a história como a maior demonstração de força da administração Kennedy. Os preparativos militares soviéticos, à época, não só irritaram os norte-americanos como também foram interpretados como provocação bélica por outros países ocidentais.

“Telefone Vermelho” entre Washington e Moscou

A comunidade internacional reagiu aliviada ao fim da crise. Mesmo nos dias de maior tensão, Willy Brandt, então prefeito de Berlim Ocidental, manteve a convicção de que a superação dessa crise significaria um passo decisivo rumo à paz mundial.

Esse confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética evidenciou definitivamente a necessidade de uma política de distensão. A possibilidade de uma guerra nuclear persistiu até o último momento.

Tanto no Leste quanto no Ocidente, reconheceu-se o risco de uma corrida armamentista descontrolada e da rivalidade desenfreada entre as potências mundiais. Uma das consequências foi a instalação de uma “linha direta” (o chamado “telefone vermelho”) entre Moscou e Washington, no verão europeu de 1963.

Fonte: DW