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Infecção mata em Buenos Aires Mario Benjamín Menéndez, general derrotado nas Malvinas e expoente da repressão militar

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Morreu nesta sexta-feira (18.09), em Buenos Aires, o general da reserva Mario Benjamín Menéndez, de 85 anos, ex-Governador Militar das Ilhas Malvinas.

Menéndez apresentou um quadro infeccioso há duas semanas, e não se recuperou.

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Menendez em 2012, época em que enfrentou a acusação de ter cometido crimes de lesa humanidad

O militar vivenciou momentos importantes da história política de seu país desde 1951, quando participou de uma fracassada tentativa de golpe contra o governo do então presidente Juan Domingo Perón.

Ele assistiu a invasão das Ilhas Malvinas pela Marinha argentina, a 2 de abril de 1982, do seu posto de subchefe do 1º Corpo de Exército.

Logo em seguida foi designado pela Junta Militar presidida pelo general Leopoldo Galtieri para assumir o cargo de Governador-Geral dos arquipélagos das Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul. Mas, na prática, sua autoridade se restringia às tropas desdobradas nos dois principais territórios insulares malvinenses.

Sua estratégia eminentemente defensiva foi duramente criticada no pós-guerra.

O chamado Informe Rattembach, que analisou o desempenho militar argentino no conflito concluiu que o desempenho das tropas sob o comando de Menéndez revelou-se “pobre”, desprovido de apoio naval e carente de maior cobertura da Força Aérea Argentina.

Fidel – A guerra das Malvinas proporcionou episódios de inesquecível humilhação aos argentinos – um deles lembrado este sábado (19.09) pelo jornal La Nación ao noticiar o falecimento de Mario Menéndez.

De acordo com o diário, quando os destacamentos argentinos começaram a perder terreno diante dos primeiros contingentes ingleses que haviam alcançado as ilhas – o que evidenciava o desbalanceamento de forças entre defensores e atacantes – o então ministro do Exterior argentino, Nicanor Costa Méndez, viajou a Havana em busca do apoio diplomático do presidente-ditador cubano Fidel Castro à causa de seu país.

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Para ser agradável a Fidel, Costa Mendez citou o fato de vir, também ele – um diplomata –, de família de militares. A essa confidência, segundo o La Nación, Castro retrucou, perguntando se a família militar de Costa Méndez era de los generales que peleaban o se rendían.

O general Mario Benjamín Menéndez também foi acusado de deixar a soldadesca argentina sem os agasalhos que o clima gelado das ilhas requeria.

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Principito A história também atribui a Menéndez a frase que venga el principito, referência irônica ao fato de o herdeiro do trono real britânico, Príncipe Andrew, um piloto naval, figurar na oficialidade da força-tarefa destacada pela Royal Navy para retomar o arquipélado do Atlântico sul (que os ingleses chamam de Falkland Islands).

Menéndez, entretanto, sempre negou que tenha dito a tal frase, atribuindo-a a uma invenção da Inteligência do Exército argentino com o intuito de desmoralizá-lo…

A 14 de junho de 1982, contrariando as ordens recebidas de Buenos Aires, Menéndez firmou a ata de capitulação diante do comandante das tropas britânicas, major general Jeremy Moore. O gesto motivou sua prisão, ao regressar à Argentina.

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Em 2012, já octogenário, ele ainda precisou comparecer a um tribunal argentino para ser julgado por delitos delesa humanidad , acusado de montar e dirigir um centro de detenção clandestino na Província de Tucumán, durante a repressão militar ocorrida na Argentina nos anos de 1970.

Seu primo-irmão general Luciano Menéndez – El Cachorro, como era conhecido – foi condenado nada menos que sete vezes à prisão perpétua, também por crimes de lesa humanidad cometidos à época em comandou o 3º Corpo de Exército, a partir de 1976.

 Fonte: Plano Brasil

Governo argentino reserva 2,15 bilhões de pesos argentinos para comprar ‘Aeronaves Supersónicas’

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Kfir israelense

O Decreto Presidencial nº 1775, emitido na última sexta-feira (11.09) pela Casa Rosada – sede do Executivo Federal Argentino –, revelou a existência de uma previsão orçamentária da ordem de 2,15 bilhões de pesos argentinos (o equivalente, hoje, a 267 milhões de dólares) para a compra de Aeronaves Supersónicas II.

O dispositivo legal não explicita a quantidade e nem identifica o tipo de aeronave em vias de ser comprado pela Força Aérea Argentina (FAA). Informa apenas que 40% desse gasto deve ser executado no exercício fiscal de 2016, 40% em 2017 e os 20% restantes em 2018.

Ano passado a área econômica do governo argentino já havia previsto uma verba de, aproximadamente, 250 milhões de dólares para a compra de caças – mas o gasto não foi feito por conta da expectativa acerca das negociações que ainda seriam feitas em torno da possível aquisição de uma partida de caças sino-paquistaneses JF-17. O negócio com a China foi, efetivamente, examinado pelo comando da FAA, mas ainda no primeiro semestre acabou descartado.

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Caça Kfir com as cores da Força Aérea Colombiana

Tandil – O mais provável é que a previsão do decreto 1775 se refira a um lote de 12 ou 16 caças Kfir israelenses, de segunda mão (pertenceram à Força Aérea Israelense) – a maior parte deles da versão C-10, em diferentes estágios de sofisticação eletrônica.

Os jatos seriam baseados na VI Brigada Aérea, sediada em Tandil – Província de Buenos Aires –, e teriam sua manutenção a cargo da Area Material Río Cuarto, em Córdoba – principal parque aeronáutico da FAA.

Nos últimos dias a Diretoria de Infraestrutura da Aviação Militar Argentina abriu uma licitação (que será concluída no próximo dia 24) para a contratação de uma empresa que se incumbirá de reparos, modernização e limpeza geral na ampla oficina de consertos de paraquedas da base aérea de Tandil. Logo correram rumores de que o edifício está sendo preparado para receber os primeiros Kfir.

A outra versão é de que o pavilhão que será recuperado irá guardar os caças Mirage que estão sendo desativados pela FAA.

Como a negociação entre os brigadeiros argentinos e a empresa IAI (Israel Aerospace Industries) se desenvolve sob um manto de sigilo, a expectativa é de que os novos caças argentinos sejam entregues em três lotes – o primeiro constituído, possivelmente, por seis aviões.

A operação comercial em torno dos Kfir também envolveria os israelenses na recuperação de ao menos seis caças A-4AR Fightinghawk argentinos, que se encontram voando sob sérias restrições em virtude da falta de suprimentos e de aviônicos modernos.

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Um A-4AR se preparando para a decolagem

Fonte: Plano Brasil

Intenção argentina de comprar caças russos faz Inglaterra reforçar segurança nas Malvinas

O Reino Unido planeja aumentar seus sistemas de defesa aérea nas Ilhas Falkland  (Malvinas) diante dos relatórios que revelam o interesse da Argentina na aquisição de novos aviões de combate .

A Argentina tem mostrado nos últimos meses, a sua intenção de renovar a sua força de caça com alcance superior ao alcance das atuais aeronaves, com opções que vão desde a aquisição de aeronaves IAI Kfir israelense a Saab Gripen desenvolvido pela Suécia e serem construídas no Brasil sob licença. Buenos Aires também olhou para a opção de compra de idade Mirage F1M empregado pela Força Aérea Espanhola .

Nestas circunstâncias, e em um clima de tensão agravada pela ofensiva diplomática declarada pela Argentina a presidente Cristina Kirchner, tenta criar atritos diplomáticos com o Reino Unido.

O Reino Unido planeja substituir os sistemas de defesa com base na ilha por outros, incluindo um novo míssil e radar, e novas equipes de gestão de combate, controle, comunicações, computadores e inteligência (conhecido como BMC4I).

Um porta-voz do Ministério da Defesa explicou que o plano do novo sistema BMC4I, vinculado ao Sistema de Defesa Aérea Futuro local (FLAADS, por sua sigla em Inglês), prevê a adjudicação, no verão de 2016, após o verão deste ano, deu o “convite para tratar” do contrato.

Um sistema BMCI semelhante à fornecida para as Malvinas entrou em serviço em outubro passado no exército britânico. O sistema, conhecido como LEAPP (que significa Terra Ambiente Air Imagem Prestação) foi fabricado pela Lockheed Martin Reino Unido ao abrigo de um contrato de 100 milhões de libras (€ 129.000.000), com o Ministério da Defesa, assinado em 2008.

81 milhões em 2014 para defender algumas ilhas com óleo

A urgência do Reino Unido para melhorar a defesa das Malvinas pode ser aumentada com a possível entrada de Moscou na arena. O Sunday Times publicou no final de dezembro que a Rússia se ofereceu para aviões de caça Sukhoi Buenos Aires-24M em troca de carne e trigo. O possível acordo, não confirmada, consideraria locação / empréstimo de doze aeronaves deste modelo.

Funcionários do Ministério da Defesa manifestaram temores de que a entrega de jornais britânicos deste tipo vem muito antes da sua entrada em serviço novo porta-aviões da Marinha Real HMS Rainha Elizabeth com seu F-35B, que está prevista para 2020.

Hoje em dia, depois de cortes na defesa, Reino Unido possui nas Ilhas Falkland, com quatro Eurofighter Typhoon, Rapiermísseis anti-aéreos e 1.200 soldados, além de um navio da Marinha de visitar o enclave em vários momentos ao longo do ano .No ano passado, Reino Unido gastou £ 63.000.000 (81 milhões de euros) para defender as Malvinas.

Rússia e Argentina, em 2010, forneceu dois helicópteros de assalto Mi17 servindo na Sétima Brigada da Força Aérea.

O britânico médio citado sugere que as tensões sobre as ilhas ressurgiram depois que soube, depois de uma perfuração exploratória do fundo do mar na área poderia conter reservas de petróleo interessantes.

Foto: Lockheed Martin   Tradução e Adaptação: Guerra & Armas

ARGENTINA: Disposição britânica em impedir o reaparelhamento da FAA abre as portas para os caças russos e chineses!

Cristina Elisabet Fernández de Kirchner

A posição do Reino Unido, que já era clara, ficou ainda mais evidente quando os britânicos anunciaram que vetariam uma eventual venda de caças Gripen à Argentina, em resposta à iniciativa do Ministério da Defesa do Brasil em fornecer à FAA (Força Aérea Argentina) 24 caças Gripen NG, de fabricação brasileira, num negócio estimado em US$ 2,9 bilhões.

O Brasil, por conta da recente aquisição de 36 caças do mesmo tipo, para o reaparelhamento de sua Força Aérea, adquiriu também os direitos de produção local da aeronave, com preferência na comercialização do vetor para os países da América Latina e África. Ocorre, entretanto, que cerca de 30% dos componentes críticos da aeronave são de origem britânica, o que confere ao Reino Unido a palavra final quanto ao fornecimento dos caças, não só à Argentina, mas a qualquer cliente que assim o deseje.

Notadamente, a Saab, construtor original e proprietário do projeto do Gripen, nunca fez qualquer tentativa de oferecer a aeronave diretamente aos argentinos, mesmo das versões mais antigas, pois sempre soube que o que o Reino Unido iria bloquear qualquer venda para a Argentina.

Nos últimos anos, a Saab forneceu à Argentina outros sistemas de armas, incluindo o sistema de míssil MANPADS RBS 70 VSHORAD (Sistema de Defesa Aérea de  Curto Alcance – Very Short Range Air Defence System), além de foguetes antitanque AT4, que não possuem componentes britânicos.

Atribui-se, também, à interferência diplomática por parte de Londres, o fracasso nas tentativas da FAA em adquirir caças Mirage F-1 excedentes da Espanha, assim como também os Kfir israelenses.

Toda essa situação se agrava com o fato de que, na Argentina, os orçamentos de defesa tem sido sistematicamente reduzidos, desde meados dos anos 1980, logo na sequência da derrota militar na Guerra das Malvinas, onde a democracia foi restaurada e os cortes no orçamento foram vistos pelo público como uma espécie de castigo justo sobre as forças armadas de seu país.

Voltando à FAA, seus comandantes militares não receberam o apoio devido do poder executivo local no intuito de substituir a  envelhecida frota de caças Dassault Mirage IIIEA em operação no país.

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Atualmente, a aeronave mais capaz presente no inventário da FAA é o A-4AR Fightinghawk, que é um upgrade do A-4M Skyhawk da McDonnell Douglas, desenvolvido pela Lockheed Martin especialmente para Argentina.

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Logo após a guerra, a Argentina comprou e pagou por mais caças IAI Nesher/Dagger, de produção israelense, mas os aviões não chegaram a ser entregues devido a pressões americanas. Somente em 1992 é que a Argentina pode começar negociar a compra de novos aviões de combate. O modelo pretendido era o F-16, entretanto, com a recusa dos americanos em fornecer este modelo, eles acabaram por aceitar 32 A-4M e 4 OA-4M, que vieram a ser modernizados e equipados com o radar APG-68 (o mesmo empregado no F-16). Por mais que seja um vetor capaz, o A-4AR é, não é uma plataforma adequada à arena ar-ar, e sua principal função é o ataque a superfície.

O subfinanciamento das forças armadas chegou a um nível mais baixo em 2003, quando o Presidente Nestor Kirchner chegou no poder. A políticas de Kirchner foram continuadas por sua esposa, Cristina Fernandez Kirchner, que foi eleita presidente em 2007, e desde então governa o país.

Já em 2008, iniciaram-se as negociações com os espanhóis para a aquisição dos caças Mirage F-1, entretanto, se por um lado o governo britânico interferia nas negociações, por outro, a Presidente Cristina Kirchner falhou em não garantir as condições financeiras necessárias para que a FAA pudesse dar segmento ao negócio, cujas negociações paralisadas. A aeronave foi oferecida novamente no final de 2012, quando a manutenção dos caças Mirage mais antigos, remanescentes no inventário argentino, atingiu um nível crítico. Novamente, a despeito de qualquer interferência britânica, devido a questões financeiras, não houve avanço nas negociações. Havia sido esgotada também a capacidade espanhola em prover a certificação de aeronavegabilidade para as aeronaves, que era uma exigência regulamentar argentina. Restava ainda a opção para se obter essa certificação da França, entretanto os valores envolvidos seriam ainda maiores, sem falar que o governo francês não se mostrava inclinado ao negócio em si, haja vista vislumbrava ele mesmo eventualmente persuadir a Argentina a adquirir caças Mirage 2000 excedentes da Armée de l’Air.

Como resultado, a possível aquisição dos Mirage F-1 espanhóis foi oficialmente descartada. A FAA, então, dirigia sua atenção aos caças IAI Kfir, que poderiam ser comprados de Israel, remodelados e atualizados. As negociações sofreram com a falta de apoio dos níveis mais altos do governo da Argentina, além do fato de setores da própria FAA terem algumas algumas dúvidas sobre o estado de conservação das células israelenses. Como resultado de ambos, as negociações foram paralisadas.

A opção francesa, com o Mirage 2000, permanece tecnicamente viável, entretanto financeiramente improvável. A despeito da preferência da FAA por aeronaves ocidentais, as circunstâncias geopolíticas, associadas às complicações financeiras da Argentina tem forçado os comandantes militares daquele país a considerarem as opções oferecidas por russos e chineses.

Uma solução russa seria financeiramente conveniente para a Argentina, que possui sérias restrições orçamentárias. Recentemente, durante a visita oficial do Presidente Vladimir Putin a Buenos Aires, ocorrida em setembro desse ano, o mandatário ofereceu-se para aceitar carne, trigo e outros bens alimentares como pagamento pela compra de equipamento militar produzido por seu país.

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Basta um sim da Presidente Kirchner para que em pouco tempo estejam à disposição da FAA alguns esquadrões de caças da família Flanker, totalmente armados e atualizados, o que mudaria subitamente todo o cenário geopolítico da região. Os altos custos de operação das aeronaves russas, entretanto, despertam dúvidas se essa seria a solução mais adequada.

Existe também a solução chinesa, que prevê o fornecimento do caça sino-paquistanês FC-1 / JF-17, que possui custos de operação significativamente inferiores, se comparados aos Flanker, mas que, mesmo também sendo uma aeronave consideravelmente inferior, atende aos requisitos da FAA.

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FC-1 / JF-17 seria fornecido completo, sem restrições, o que inclui a capacidade BVR e o míssil SD-10A. A China, além de ser o segundo maior parceiro comercial da Argentina, apoia suas reivindicações sobre as Ilhas Malvinas, o que confere aos chineses um status diferenciado. Outro ponto positivo é a possibilidade de produção local da aeronave.

Diante desse cenário, é sensato afirmar que os esforços diplomáticos do Reino Unido para negar à Argentina a chance de modernizar o seu poder aéreo, empurrando-a para os braços da Rússia e China, pode vir a custar caro para os britânicos, e isso já preocupa seus comandantes militares.

A Argentina não abandonou o discurso que reclama o direito à soberania das Ilhas Falklands/Malvinas, e, ainda que em tese, uma nova aventura militar na região seja improvável, o que menos se espera é que as Forças Armadas Argentinas reúnam as condições técnicas para fazê-lo. Num governo desgastado, internamente e internacionalmente, como o da Presidente Kirchner, nada cai mais como uma luva do que tocar o âmago popular com um assunto polêmico e que mexe com espírito nacionalista do povo argentino: As Malvinas!

FONTE: DefenseNews – EDIÇÃO: Cavok

IMAGENS: Internet, e meramente ilustrativas

Jornalista inglês garante: governo argentino prepara uma Invasão as Malvinas novamente

Após o anúncio de que a Argentina assinou com o Brasil um documento de intenções para obtenção de 24 caças Saab Gripen NG-BR, articulista britânico alerta o Reino Unido para inclinação revanchista de Buenos Aires por controle de arquipélago

O jornalista britânico Robert Fox sugeriu em artigo publicado na última terça-feira, 28, na revista The Week, que a Argentina está se preparando para uma nova confrontação bélica contra o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas/Falklands. O arquipélago situado no Atlântico Sul e sob controle do governo britânico, já foi palco de um conflito armado ocorrido em 1982 e vencido pelos europeus, após quase três meses de guerra que deixou um saldo sangrento de mais de 1.300 mortos do lado argentino e outros 300 do lado inglês.

Segundo Robert Fox, que trabalhou na cobertura da Guerra das Malvinas em 1982, “essa é a primeira grande compra de veículos bélicos por parte da Argentina desde o fim do conflito”. Além disso, o jornalista destaca a parceria dos argentinos com o Brasil na compra de caças europeus, que “serviriam de modelo para uma indústria e um mercado latino-americano.”

O jornalista inglês ainda afirma que o Parlamento Britânico deve se preocupar, já que “os jatos adquiridos pela Argentina são superiores aos do Reino Unido” que, segundo ele tudo isso deveria ser um aviso ao governo britânico para que comece a fazer alguma coisa para resolver a questão das Ilhas Malvinas, antes que se torne mais uma vítima da filosofia de política externa do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

Jornalista inglês se equivoca em alguns fatos

Talvez movido pelo senso patriótico, levando em consideração que Robert Fox cobriu a Guerra da Malvinas ao lado de soldados compatriotas, possa ter levado o respeitável jornalista a cometer alguns equívocos em seu artigo. Primeiramente, o governo argentino não fechou negócio com o Brasil para a compra de caças supersônicos de tecnologia sueca que seriam fabricados em solo brasileiro.

Na realidade, o ministro da Defesa da Argentina, Agustín Rossi assinou com seu colega brasileiro, o ministro Celso Amorim, um acordo de cooperação bilateral que garantirá base jurídica e política para a ampliação de projetos conjuntos entre os dois países no setor aeronáutico.

A assinatura da documentação diplomática ocorreu na oportunidade em que a Embraer apresentava á imprensa brasileira e internacional o mais novo jato cargueiro KC-390, desenvolvido em parceria com argentinos, portugueses e checos. Na oportunidade, Agustín Rossi também assinou a decisão do governo argentino de iniciar as negociações para aquisição de 24 caças suecos Gripen NG que serão produzidos no Brasil. As condições da compra, assim como a eventual participação argentina na produção desses aviões, serão objeto de tratativas, nos próximos meses, entre representantes dos dois países.

O caça sueco foi o vencedor da licitação FX-2 para equipar a Força Aérea Brasileira com 36 aparelhos pelo preço de mais de 9 bilhões de reais, juntamente com a transferência de tecnologia. Na concorrência, o Gripen NG derrotou o americano F-18 Super Hornet e o francês Dassault Rafael.

Negociações abertas


Deste modo, ainda não há nada acertado de que a Casa Rosada — sede do Executivo argentino — tenha batido o martelo para aquisição, via Brasil, de 24 sofisticados jatos de combate de tecnologia sueca. Negócio deste porte envolve bilhões de dólares, e a economia argentina não passa pelo seu melhor momento. Pelo contrário, o peso argentino nunca esteve tão desvalorizado perante a moeda americana, e a inflação bate a casa dos 200% ao ano.

Outra questão que deve ser levado em consideração é o estado de penúria em que se encontra as Forças Armadas argentinas que, atualmente, não teriam as mínimas condições de bancar qualquer aventura militar, principalmente contra o Reino Unido. Outrora a mais sofisticada máquina de guerra da América do Sul, hoje o orçamento de Defesa da argentina é o menor da América do Sul — apenas 1.2% do PIB.

Robert Fox afirma em seu artigo que os caças Saab Gripen NG seriam superiores aos jatos mantidos pelos britânicos para a defesa aérea das Ilhas Malvinas/Falklands, o que seria outro equívoco. Segundo publicações especializadas que foram consultadas para esta matéria, a Royal Air Force (RAF) — Real Força Aérea Britânica — mantêm em prontidão pelo menos quatro caças supersônicos Eurofighter Typhoon EF-2000, a ponta da lança da aviação de combate da Força Aérea de vossa majestade.

Retórica peronista

Levando em consideração que o Gripen NG ainda é um projeto, ou seja, existe apenas um protótipo para demonstrações, há estimativas de que o jato sueco vai ter performance bem próximas aos dos Typhoons — baseado em dados e informações da empresa sueca que desenvolve o avião. Portanto, os Gripens não poderiam superar os caças ingleses com facilidade em um hipotético combate aéreo, como anuncia Robert Fox em seu artigo.

Lembrando que além de caças, os ingleses mantêm, desde 1982, mais de 2 mil militares de prontidão no arquipélago, em sua maioria fuzileiros reais — Royal Marines — centenas de blindados, dezenas de mísseis antiaéreo e radares de alerta aéreo antecipado. Há informações de que imensos submarinos de propulsão nuclear da Marinha Real Britânica — armados de mísseis e torpedos — têm se revezado no patrulhamento das águas que cercam as ilhas. Enfim, as Malvinas/Falklands hoje são verdadeiras fortalezas militarizadas.

É fato que nos últimos anos, a presidente argentina Cristina Kirchner, vem sustentando um discurso revanchista além de questionar publicamente o controle inglês sobre as Malvinas/Falklands. Mas, a realidade mostra que a retórica da líder sul-americana não passa de bravatas e que não haveria a mínima sustentação para uma nova aventura belicosa argentina para reaver o controle daquelas ilhas. Pelo menos não por agora.



Londres pressionou a Espanha para impedir a venda de caças Mirage para Argentina

(Infodefensa.com) Madrid – A venda fracassada de aviões de caça Mirage F-1 da Força Aéreapara a Argentina , onde Espanha tem vindo a trabalhar há meses, foi frustrado em parte pela pressão do Reino Unido , cuja tecnologia está presente em estas aeronaves. Londres estava preocupado que o país com o qual manteve um conflito sobre Malvinas no início dos anos oitenta dispusesse dessa capacidade.

De acordo com informações recolhidas pela Confidencial Digital fontes da Força Aérea, Reino Unido pressionado a Espanha a fechar que nenhum acordo foi finalizado como o governo de Cristina Fernández de Kirchner havia atingido orçamento.

Os britânicos estavam preocupados que a Argentina tinha sido feito em um avião com alguns sistemas eletrônicos, tais como contra-medidas, por exemplo, projetados e fabricados por empresas do Reino Unido.

De acordo com fontes citadas por um meio digital,  Londres fez pressão sobre Madrid para exigir que a venda não incluísse vários componentes e sistemas, sem a qual a aeronave perderia a maioria de suas capacidades bélicas. Estas deficiências fizeram com que os caças perdessem seu radar e configuração e ficaram fora das normas exigidas para uso exclusivamente por membros da OTAN , o que deixaria a Argentina com um equipamento de operação ineficientes para seus propósitos.

 Malvinas como pano de fundo

Juntamente com o grande número de horas de vôo do Mirage F-1 espanhol, levou à dissolução do projecto de acordo alcançado .

 A Confidencial Digital informa que o governo britânico fez várias consultas com o Ministério da Defesa e o governo espanhol “solicitando todos os detalhes do contrato, especialmente sobretudo dos  dispositivos de configuração técnicos.”

No fundo dessas pressões esta  a preocupação do Reino Unido por reivindicações territoriais argentinas sobre as ilhas Malvinas, um território ocupado e que em 1982, uma invasão argentina, levou a uma guerra que deixou 649 soldados mortos entre fileiras argentinos e outros 255 entre os britânicos.

Tradução: Guerra & Armas / Fonte: Infodefensa

Margaret Thatcher morre na Inglaterra

 

A ex-premiê britânica Margaret Thatcher acena da entrada de sua casa nesta segunda-feira (1º). (Foto: AFP)A ex-premiê britânica Margaret Thatcher acena da entrada de sua casa em 2010 (Foto: AFP)

Morreu nesta segunda-feira (8) aos 87 anos Margaret Thatcher, primeira mulher a se tornar primeira-ministra britânica, cargo no qual ficou por três mandatos consecutivos, entre 1979 e 1990.

Ela foi uma das figuras dominantes na política inglesa no século XX e a sua política, que ficu conhecida como “thatcherismo”, influencia políticos até hoje.

O porta-voz da família de Thatcher informou ela morreu em consequência de um acidente vascular cerebral.

“É com grande tristeza que Mark e Carol Thatcher anunciam que sua mãe, a baronesa Thatcher, morreu em paz depois de um derrame, esta manhã,” disse Tim Bell.

Após sua morte, o atual premiê britânico, David Cameron, disse que o Reino Unido “perdeu uma grande líder, uma grande primeira-ministra e uma grande britânica”. O premiê anunciou que voltará para o Reino Unido, interrompendo uma visita a países europeus.

A Rainha Elizabeth II também lamentou a morte de Thatcher. “A rainha recebeu com grande tristeza a notícia da morte da baronesa Thatcher”, indicou o palácio de Buckingham.

Doença
Thatcher havia sido internada pela última vez em dezembro de 2012, quando passou por uma cirurgia na bexiga.

Ela não falava em público desde 2002, quando os médicos desaconselharam a presença diante de audiências após uma série de pequenos derrames que deixaram como sequela confusões ocasionais e perdas de memória.S

A filha Carol escreveu em suas memórias, publicadas em 2008, que, nos piores momentos, Thatcher tinha dificuldades para terminar as frases e esquecia que o marido, Denis, havia morrido em 2003.

Vida
Margaret Hilda Roberts nasceu em 13 de outubro de 1925 em Grantham, Lincolnshire. Seu pai era pastor e membro do conselho da cidade.

Ela estudou química na Universidade de Oxford, onde presidiu a tradicional Associação Conservadora, composta por alunos. Ela estudou direito enquanto trabalhava e se formou advogada em 1954.

Em 1951, se casou com Denis Thatcher, um rico homem de negócios, com quem teve dois filhos gêmeos, Carlo e Mark.

 

G1