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Ataques de separatistas pró-Rússia matam 14 soldados ucranianos e governo convoca 75.000 policiais

Separatistas pró-Rússia mataram 14 soldados ucranianos no leste da Ucrânia nesta quinta-feira (22), nos ataques mais violentos desde que o governo interino de Kiev iniciou uma operação contra aqueles que chama de “terroristas” em áreas de língua russa do país.

Os ataques também deixaram 20 feridos nas regiões de Lugansk e Donetsk, a três dias da eleição presidencial considerada decisiva para acabar com a crise no país.

Além disso, insurgentes armados pró-Moscou ocuparam nesta quinta-feira quatro minas de carvão na região separatista de Lugansk, segundo o ministério ucraniano da Energia.

No momento em que a Otan considera que as movimentações de tropas russas podem “sugerir” uma retirada parcial da fronteira com a Ucrânia, Moscou anunciou que quatro comboios ferroviários levaram blindados e armamentos da área de fronteira até os quartéis. Além disso, 15 aviões transportaram soldados que estavam na região.

Após dias de calma na “frente leste”, nas regiões de Donetsk e Lugansk, os confrontos entre o exército ucraniano e os insurgentes pró-Rússia foram retomados nesta quinta-feira.

“Treze soldados deram sua vida pela Ucrânia perto de Volnovaha, na região de Donetsk”, disse o presidente interino ucraniano Olexander Turchynov. Em outro ataque, perto de Rubizhne, na região de Lugansk, um soldado morreu e dois ficaram feridos quando os “terroristas” abriram fogo contra um comboio militar, afirmou à AFP Bogdan Senk, porta-voz do ministério da Defesa.

O ataque na área de Volnovaha aconteceu durante a noite e teve como alvo um posto de controle do exército ucraniano. Segundo o ministério, os separatistas atacaram com morteiros e granadas. Também conseguiram explodir um veículo.

O Exército iniciou em 13 de abril uma operação militar para retomar o controle das regiões de Lugansk e de Donetsk, em grande parte sob controle dos separatistas, que proclamaram a soberania após referendos de independência.

Possível retirada parcial de tropas russas
Neste contexto, a Otan constatou movimentações de tropas russas que poderiam sugerir uma retirada parcial da fronteira com a Ucrânia. Moscou anunciou o retorno aos quartéis de veículos, armamentos e homens mobilizados na fronteira.

Anders Fogh Rasmussen diz que uso de armas químicas na Síria é inaceitável (Foto: Reuters)Para Rasmussen, secretário-geral da Otan, parte
das tropas russas podem estar em retirada da
fronteira com a Ucrânia.

“Vimos uma atividade limitada de tropas russas perto da fronteira com a Ucrânia, o que poderia sugerir que parte das forças se preparam para uma retirada”, disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. “É muito cedo para dizer o que significa, mas espero que seja uma retirada completa e real”, completou.

Segundo Rasmussen, no momento, a maioria das forças russas que haviam sido mobilizadas permanecem perto da fronteira com a Ucrânia.

Segundo o ministério russo da Defesa, quatro comboios ferroviários transportaram blindados e armamentos da área de fronteira para os quartéis e 15 avioões fizeram o mesmo com soldados.

No domingo, a Ucrânia celebra uma eleição presidencial considerada crucial para o futuro do país, após seis meses de crise política que deixaram a nação à beira da guerra civil e da divisão. Para garantir o bom desenvolvimento da votação, Kiev anunciou a mobilização de 55.000 policiais e 20.000 voluntários.

Fonte: g1

Exército anuncia golpe de Estado e suspende Constituição

Soldados tailandeses estão nas ruas de Bangcoc, capital da Tailândia, nesta quinta-feira (22). Militares anunciaram pela TV que tomarão o controle do governo do país (Foto: Wason Wanichakorn/AP)

O comandante do Exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, anunciou nesta quinta-feira (22) um golpe de Estado no país. Em pronunciamento na TV, ele afirmou que o Exército está tomando o controle do governo para restaurar a ordem e promover reformas políticas.

Após o anúncio do golpe, o Exército determinou que a Constituição fosse suspensa temporariamente e instituiu toque de recolher em todo o país das 22h às 5h, indicou um porta-voz dos militares. Ele acrescentou que o Senado e todos os tribunais continuariam com suas atividades normais.

Também foi determinado que todas as rádios e TVs devem interromper suas programações normais e transmitir apenas material do Exército. A censura foi ampliada para os meios de comunicação estrangeiros – as transmissões de emissoras internacionais, como BBC e CNN, foram suspensas.

Protestos estão proibidos, e grupos de mais de cinco pessoas não podem se reunir em nenhum lugar da Tailândia.

“Para que o país retorne à normalidade, as Forças Armadas devem tomar o poder a partir de 22 de maio às 16h30” (6h30 de Brasília), afirmou Chan-Ocha. “No interesse da ordem pública e da lei, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam calmos e continuem com seus afazeres diários”, disse o comandante na TV pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).

A medida ocorre dois dias após o Exército decretar lei marcial com a justificativa de “restaurar a paz”. O comandante afirmou que busca restituir a ordem no país e impedir mais mortes e uma escalada do conflito entre críticos e apoiadores do governo.

O Exército convocou o atual premiê interino, Niwattumrong Boonsongpaisan e seus ministros a se reportarem às Forças Armadas. Boonsongpaisan tem paradeiro desconhecido.

A crise atual na Tailândia começou no fim do ano passado, com manifestações que exigiam a renúncia da então primeira-ministra Yingluck Shinawatra, no poder desde 2011. Ela foi destituída pela Justiça no início de maio. Yingluck é irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, derrubado do poder em um golpe de Estado em 2006, acusado pelos opositores de comandar o governo do exílio.

Nos últimos 80 anos foram registrados 18 golpes de Estado na Tailândia – sendo o último deles o que derrubou Thaksin. Desde então, o país vive uma grave crise política. Os “camisas vermelhas”, seguidores do ex-premiê, ainda exilado, ameaçaram intensificar os protestos em Bangcoc se o Exército tomasse o poder e o governo interino caísse.

Falta de acordo
Antes de anunciar o golpe na TV, o comandante do Exército tailandês havia se reunido com todas as facções políticas rivais com o objetivo de encontrar uma solução para protestos antigovernamentais – que já duravam seis meses e tinham deixado pelo menos 28 mortos.

A reunião foi  encerrada por Chan-Ocha após duas horas de conversa sem acordo. Segundo testemunhas, líderes dos manifestantes dos dois grupos foram retirados do local da reunião em veículos militares, sob escolta, pouco antes do anúncio do golpe.

Os militares também mantinham detido após o golpe representantes do governo, incluindo o ministro da Justiça, Chaikasem Nitisiri. Ele e líderes dos manifestantes e de partidos políticos foram levador por soldados em furgões do Exército até o Primeiro Regimento de Infantaria.

Manifestantes
O Exército também anunciou que irá enviar tropas para os locais de concentração de manifestantes para retirá-los. “Nós vamos enviar tropas e veículos para ajudar os manifestantes a deixar todos os locais de protesto”, disse à Reuters o general Teerachai Nakwanit, primeiro comandante regional do Exército.

Por enquanto, não houve registro de violência.

Manifestantes contra e pró-governo têm se reunido em diversas partes de Bangcoc nos últimos meses. Jatuporn Prompan, líder do movimento “camisas vermelhas”, que apoia o governo, disse que continuará com os protestos mesmo após o golpe. “Vocês vão lutar ou não vão lutar? Nós não vamos a lugar nenhum. Não entrem em pânico, porque nós esperávamos isso”, disse ele a apoiadores.

Soldados tailandeses dispararam para o ar na tentativa de dispersar manifestantes no local. Testemunhas disseram que os integrantes dos “camisas vermelhas” foram embora pacificamente.

Os manifestantes opositores ao governo exigem uma reforma do sistema político, considerado corrupto, e propõem a criação de um conselho que realize mudanças antes de novas eleições.

Lei Marcial, que impede manifestações pró e contra o governo, foi declarada no país há poucos dias. Nesta quinta, militares anunciaram Golpe de Estado (Foto: Wason Wanichakorn/AP)Lei Marcial, que impede manifestações pró e contra o governo, foi declarada no país há poucos dias. Nesta quinta, militares anunciaram Golpe de Estado
FONTE:G1

Referendo na Ucrânia ‘não tem efeito’, afirma presidente da França

O presidente da França, François Hollande, comparece a cerimônia de boas-vindas em Baku (Foto: ReutersS/Fuad Esgerov/Pool )

O presidente francês, François Hollande, criticou o referendo organizado por separatistas pró-russos no leste da Ucrânia neste domingo (11). Em declarações feitas a jornalistas na tarde deste domingo no Azerbaijão, onde ele faz visita oficial, considerou os referendos como “nulos e sem efeito”. Ele voltou a mencionar a proposta defendida pela União Europeia: a eleição geral a ser realizada no fim do mês. “Eu não quero chamar de referendo. A única eleição válida é a presidencial programada para o dia 25 de maio”, reforçou o governante francês.

Os referendos organizados por grupos separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia, sobre a independência de duas regiões que eles controlam, foram realizados neste domingo e levaram multidões aos postos de votação.

Rebeldes anunciam exército próprio
Um líder separatista de Donetsk, região no leste da Ucrânia, anunciou neste domingo que o grupo de rebeldes da autoproclamada “república popular independente” de Donetsk criará seu próprio governo e exército após a consulta pública à população sobre a separação da província, segundo a agência de notícias Reuters. Dois referendos foram realizados neste domingo em Donetsk e na região vizinha de Lugansk.

À Reuters, o líder separatista afirmou ainda que as forças do governo de Kiev, a capital do país, serão consideradas “ocupantes” a partir de agora. A agência afirmou que alguns confrontos foram registrados na região, na cidade de Slaviansk.

Alto comparecimento
Vasily Nikitin, chefe de imprensa da comissão eleitoral do referendo de Luhansk, afirmou neste domingo que o comparecimento às urnas foi “alto”, apesar do que ele classificou de tentativas do governo ucraniano e da guarda nacional de impedir o trabalho dos membros da comissão.

“Gostaria de anunciar oficialmente que hoje [domingo], em três regiões, ou até quatro, nossas comissões não puderam operar. Carros com cédulas e protocolos foram bloqueados por tropas, pela guarda nacional. Pessoas armadas pararam nossos carros, que eles bloquearam para que não pudessem ir a lugar algum”, afirmou Nikitin.

Nas cédulas produzidas às pressas pelos rebeldes pró-russos aparece a pergunta: “Você está de acordo com a independência da República Popular de Donetsk?” ou “Você está de acordo com a independência da República Popular de Luhansk?”. Há duas únicas opções de resposta, sim ou não.

FONTE:G1

Putin quer ‘controle total da Ucrânia’

O objetivo do presidente russo Vladimir Putin, acusado por Kiev e pelos países ocidentais de estar por trás da insurreição pró-russa no leste ucraniano, é ter o controle total da Ucrânia, declarou nesta quarta-feira (30) o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

“Não tenho nenhuma dúvida sobre o fato de que o objetivo de Putin é ter o controle total da Ucrânia. Não digo que seu objetivo seja necessariamente ocupar todo o país, mas ter o controle total”, afirmou Barroso durante uma intervenção ante o Atlantic Council, um centro de reflexão de Washington consagrado às relações transatlânticas.

“De fato, ele mesmo me disse. Declarou várias vezes que a Ucrânia independente foi uma criação do oeste”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, para quem a Ucrânia representa a peça central do projeto de união aduaneira que Moscou quer implementar com seus vizinhos.

“Os líderes russos, em particular o presidente Putin, não aceitaram a independência da Ucrânia e pensam que deveria ser parte da Rússia”, comentou.

As sanções adotadas pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos têm por objetivo mostrar que, se a Rússia continuar desestabilizando a Ucrânia, haverá graves consequências, explicou Barroso.

FONTE:G1

Uma guerra na Ucrânia é inevitável?

As tensões estão aumentando na Ucrânia, com retórica mais inflamada e novos exercícios militares. Em meio a esse cenário, uma pergunta se torna inevitável: é possível mesmo que esse conflito vire uma guerra?

Cerca de 40 mil soldados russos estão na fronteira com a Ucrânia. Moscou ordenou a realização de novos exercícios militares. E o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, alertou que seu país reagirá caso seus interesses sejam atacados na Ucrânia.

Os Estados Unidos também deram início a exercícios militares na região. O país enviou ajuda militar à Ucrânia e aumentou sua cooperação militar com a Polônia e outros países do Báltico. Além disso, a aliança militar Otan também destacou barcos para aumentar a segurança marítima no local.

Há também uma severa crise diplomática. Rússia e Estados Unidos culpam um ao outro de não implementar um acordo firmado na semana passada em Genebra para reduzir as hostilidades – o que prejudica os esforços de se encontrar uma solução pacífica.

Guerra e paz
Diante destas circunstâncias, uma guerra é inevitável?

Apesar de quase todos os elementos estarem presentes para um conflito, o analista de diplomacia da BBC, Jonathan Marcus, acredita que a guerra não é inevitável.

Para ele, os dois países não acabarão entrando em uma guerra propriamente dita, mas há sinais preocupantes de que pode haver algum tipo de enfrentamento.

‘Neste assunto, nada é definitivo. E as brigas esporádicas e desorganizadas que ocorreram no leste da Ucrânia entre as forças do governo e homens armados pró-Rússia podem ser um prelúdio do que está por vir’, diz.

Uma das opções é que a Rússia organize um ataque em grande escala. Moscou certamente tem soldados suficientes e recursos para se lançar em uma ofensiva no leste da Ucrânia.

Do lado ucraniano, é fácil de prever uma forte resistência por parte de Kiev, o que pressionaria a Rússia a enviar mais soldados (talvez menos preparados) para manter seus avanços no país.

Por outro lado, há sempre a possibilidade de tudo continuar como está agora: com grupos pró-Rússia em lugares específicos da Ucrânia e disputas esporádicas em prédios e estradas.

A intenção por trás disso seria manter uma sensação de caos, fragilizando o governo de Kiev e mostrando sua incapacidade de controlar seu próprio território.

Outra possibilidade é a de uma intervenção limitada por parte de Moscou para ‘proteger os habitantes de língua russa’. O Kremlin insiste que tem os fundamentos necessários no direito internacional para fazer algo neste sentido. No entanto, é difícil imaginar um cenário assim que não contasse com uma reação ucraniana.

Assim, o risco seria de mais hostilidades.

Resposta do Ocidente
Os Estados Unidos já reiteraram que não consideram uma solução militar para o impasse, e apostaram em dois caminhos: algum tipo de solução negociada para redução das tensões e imposição de mais sanções ao governo russo.

Em recente entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca usou a palavra ‘custos’ 43 vezes em apenas 55 minutos, em referência à Rússia.

O problema é que ambos os caminhos são frágeis. A possibilidade de uma solução negociada sofreu um duro golpe com a troca de farpas entre Moscou e Washington esta semana. Já as sanções até afetam a economia russa, mas não são suficientes para mudar os rumos da política do Kremlin.

Talvez por isso, o Ocidente tenha aumentado agora a sua presença militar na região e fortalecendo o papel da Otan. O objetivo não é necessariamente desencadear uma guerra, mas sim fortalecer o recado a Moscou de que não está satisfeito com a situação.

Outro motivo é mostrar aos vizinhos da Ucrânia de que os Estados Unidos vão apoiar a região militarmente.

Por ora, a crise parece ter chegado a um ponto em que Rússia, Ucrânia e o Ocidente já contemplam a possibilidade de um conflito violento.

É uma etapa que chega com mais perguntas do que respostas. A Rússia realmente quer incorporar partes da Ucrânia, como fez com a Crimeia? Moscou se arriscará a sofrer mais danos econômicos, caso decida intervir?

E o Ocidente teria se equivocado em seus cálculos? E até onde estão dispostos a ir para dissuadir Moscou de seus planos?

FONTE:G1

Kim alerta forças norte-coreanas para ‘conflito iminente’ com EUA

Líder da Coreia do Norte inspeciona lançamento de foguetes em local não revelado pelo governo. (Foto: KCNA / via AFP Photo)

líder norte-coreano, o jovem Kim Jong-un, convocou seus soldados para um ‘conflito iminente com os Estados Unidos‘, informa neste sábado (26) a imprensa estatal em Pyongyang, em meio à visita do presidente americano, Barak Obama, à Coreia do Sul.

Kim, comandante supremo de um Exército de 1,2 milhão de homens, visita com frequência as unidades militares para ‘orientá-las’ sobre sua preparação.

A mensagem foi passada na sexta-feira (25), durante a visita de Kim a uma unidade de artilharia, revelou a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA). “Nosso querido comandante supremo Kim Jong-un disse que, atualmente, nada é mais importante que a preparação para o iminente conflito com os Estados Unidos”, segundo a KCNA.

Kim Jong-un posa com unidade feminina do Exército norte-coreano. Mulheres são vistas chorando. (Foto: KCNA / via AFP Photo)Kim Jong-un posa com unidade feminina do Exército norte-coreano. Mulheres são vistas chorando. (Foto: KCNA / via AFP Photo)

Em visita a Seul, Obama chamou neste sábado a Coreia do Norte de “Estado pária” e fraco, cuja fronteira fortemente militarizada com o Sul ‘marca o limite da liberdade’. “O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a democracia que cresce e um Estado pária cujo povo tem fome”, disse Obama para tropas americanas.

Segundo um centro americano de estudos especializado na Coreia do Norte, o governo de Pyongyang parece concluir os preparativos para um quarto teste nuclear.

Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, que estariam vinculadas ‘à preparação de uma nova detonação’ atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira (24).

A Coreia do Norte já executou três testes nucleares: em outubro de 2006, em maio de 2009 e em fevereiro de 2013, ações proibidas pela ONU e que, em cada uma dessas ocasiões, provocou um aumento das sanções internacionais contra o país asiático.

FONTE: G1

Rússia diz que a Ucrânia pagará caro por ‘crime sangrento’

Forze Crimea prendono controllo di base navale Kiev a Sebastopoli

A Rússia alertou nesta sexta-feira que Kiev irá enfrentar a Justiça por um “crime sangrento” no leste da Ucrânia, onde forças ucranianas mataram na véspera até cinco rebeldes pró-russos, enquanto Washington ameaçou impor novas sanções a Moscou caso a crise se prolongue.

“Eles (Kiev) estão travando uma guerra contra o seu próprio povo. Esse é um crime sangrento, e aqueles que empurraram o Exército a fazer isso irão pagar, tenho certeza, e irão enfrentar a Justiça”, disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, numa reunião com diplomatas.

A agência de qualificação de crédito Standard & Poor’s também fez um lembrete sobre os custos da crise para Moscou. A agência cortou a nota de crédito da Rússia, forçando o país a elevar a taxa básica de juros para segurar a cotação do rublo.

Lavrov disse que Moscou tem interesse em implementar o acordo selado em Genebra na semana passada entre Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia com o objetivo de atenuar as tensões na Ucrânia e desarmar os grupos ilegais. Mas ele acusou Washington de distorcer o acordo com “exigências tendenciosas”.

russian army

O Ministério da Defesa se disse pronto para travar discussões “não tendenciosas e construtivas” com os Estados Unidos para estabilizar a situação.

O presidente dos EUA, Barack Obama, acusa Moscou de enviar agentes para coordenar as turbulências no leste da Ucrânia, como antes na anexação da Crimeia pela Rússia. Ele pretende telefonar nesta sexta-feira a líderes aliados da Europa para estimulá-los a adotar sanções mais fortes.

“A janela de oportunidade está se fechando”, disse o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, na noite de quinta-feira, citando comentários anteriores de Obama sobre a iminência de novas sanções à Rússia, além daquelas já impostas no mês passado por causa da Crimeia.

Kerry disse que a Rússia está usando de propaganda para esconder suas intenções no leste da Ucrânia — desestabilizar a região e conturbar a eleição presidencial ucraniana de junho.

 

Ele também denunciou “movimentos ameaçadores” de soldados na direção da fronteira russo-ucraniana. “Se a Rússia continuar nessa direção, será não só um grave erro, será um erro caro”, disse.

O presidente russo, Vladimir Putin, despreza as sanções impostas até agora, que fazem com que alguns indivíduos enfrentem restrições de viagens e congelamentos de bens no exterior.

 

FONTE: Reuters