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Avibrás planeja faturar R$ 1,3 bilhão neste ano

Astros, da Avibras

A Avibrás, indústria aeroespacial de São José dos Campos (SP), surpreendeu o mercado, há duas semanas, com o anúncio dos resultados financeiros de 2015.

No ano passado, a receita bruta da empresa chegou a R$ 1,1 bilhão – valor que é cerca de oito vezes maior que o gerado em 2012 e muito distante dos limites da crise iniciada há pouco mais de sete anos e da qual o grupo, dedicado a produção de sistemas de defesa, só começou a sair consistentemente em 2014, quando a receita atingiu R$ 629,9 milhões.

“Em 2016, vamos continuar atuando fortemente nas transações externas”, diz o superintendente João Brasil de Carvalho Leite. A meta, segundo ele, é superar o patamar de R$ 1,3 bilhão em faturamento.

“Nada mau depois de um longo ciclo negativo”, diz o presidente Sami Hassuani. A empresa ficou em recuperação judicial entre 2008 e 2010, demitiu centenas de funcionários, foi obrigada a vender boa parte dos ativos imobiliários e chegou muito perto da insolvência.

Os credores foram pagos sem deságio e receberam correção monetária. Neste ano, a Avibrás planeja contratar mais 300 pessoas para reforçar o quadro de 1.695 funcionários.

Quase toda a receita da empresa vem de operações no mercado externo. Em 2015 a participação das Forças Armadas brasileiras no volume total do faturamento ficou em R$ 100 milhões. Em 2016, por causa da crise econômica e das restrições orçamentárias, não deve passar de R$ 80 milhões.

Todavia, a principal aposta e programa prioritário da Avibrás é do Exército, com uma variante específica para o Corpo de Fuzileiros Navais. Trata-se da geração 2020 do sistema Astros – a sexta desde o início da série, há 30 anos.

Muito moderna, contempla pela primeira vez no País, o emprego de um míssil de cruzeiro, o AV-TM com alcance de 300 km e aumenta a capacidade dos foguetes AV-SS-40, com raio de ação na faixa de 40 km, por meio de sensores de guiagem primária. Mais que isso, o conjunto Astros 2020 vai incorporar uma nova munição, capaz de atingir alvos a 150 km, também dirigida eletronicamente.

Há boas possibilidades para o produto no mercado internacional. “Nossa forte atuação no exterior gerou uma carteira de pedidos da ordem de R$ 4 bilhões e perspectivas reais de crescimento da ordem de mais R$ 8 bilhões nos próximos anos”, diz Hassuani.

Crise

Até agora, entretanto, a jornada da Avibrás vinha sendo pedregosa. Em janeiro de 2008, o engenheiro e fundador da empresa, João Verdi, tratava de desenhar os planos de engenharia que fariam do lançador de foguetes Astros II (o principal produto da empresa) um elemento de defesa do estreito de Málaca, por onde transitam 70% do petróleo do mundo. Verdi tinha pressa.

O cliente interessado, o exército da Malásia, queria contar com o recurso como elemento dissuasivo frente a uma eventual aventura militar vinda da vizinhança nervosa.

O negócio superava os R$ 500 milhões, um dinheiro fundamental no ambiente pesado que se abatia sobre o mercado financeiro internacional e atingia, no Brasil, setores estratégicos como a indústria de equipamentos militares. Era um bom projeto. Faltou combinar com o destino.

No dia 28, João Verdi e a mulher, Sonia Brasil, decolaram do condomínio onde haviam passado o fim de semana, em Angra dos Reis, para voltar para casa, em São José dos Campos. Iam a bordo de um de seus dois helicópteros, o mesmo que usavam rotineiramente para ir da residência ao escritório ou para viagens, várias delas internacionais. Pequena distância, rota conhecida.

Verdi, um hábil piloto, estava no comando. O voo curto nunca foi completado. A aeronave caiu em meio à mata densa da serra, a altura da praia de Maranduba, no litoral norte de São Paulo. João e Sonia morreram. Os restos da aeronave só foram localizados um ano e meio depois, em julho de 2009.

“O céu desabou sobre a Avibrás naquele momento”, lembra o presidente, Hassuani. A indústria aeroespacial, fortemente identificada com a imagem de seu criador e depositária de significativo patrimônio tecnológico, teve negócios interrompidos e entrou em uma longa fase de dúvidas e incertezas da qual só se livrou no fim do ano passado.

Verdi era uma figura e tanto. Nos anos 1980, dividia com José Luis Whitaker Ribeiro, presidente da extinta Engesa, fabricante de blindados, e com Ozires Silva, fundador da Embraer, o panteão dos empresários brasileiros que abriram praças comerciais para o portfólio nacional de material militar e aeroespacial. Clientela difícil, como eram o Iraque, a Líbia e a Arábia Saudita.

João Verdi era recebido por Saddam Hussein para jantar em Bagdá e despachava 24 horas depois com o rei saudita Fahd Bin Abdul Aziz al-Saud em Riad. Participava pessoalmente da entrega e dos testes dos lançadores Astros.

Para horror do Ministério das Relações Exteriores, ia parar na frente de batalha para verificar o desempenho dos seus “meninos” – os foguetes que saíam das linhas instaladas no km 14 da rodovia dos Tamoios, na represa de Santa Branca.

A Avibrás nunca conseguiu superar a cifra de US$ 1 bilhão em vendas internacionais registrada há 30 anos, sob o comando de Verdi.

 

 

Fonte: Exame.com

ASTROS 2020 – EB Adquire Fieldguard 3 Fire Control

A empresa alemã Rheinmetall anunciou a encomenda do Fieldguard 3 Sistema de Rastreamento e Medição pelo Exército Brasileiro para o Projeto Estratégico do Exército

O Exército Brasileiro decidiu pelo sistema de Controle de Tiro e Rastreamento Fieldguard 3 Fire Control da empresa alemã Rheinmetall. Esta encomenda está incluída em um contrato de 2012, que totaliza o valor total, incluindo o peças de reposição no valor de €52 milhões (cerca de R$ 400 milhões). As entregas iniciaram em Maio de 2015 e serão completadas em Setembro de 2016.

O programa foi concebido em parceria da AVIBRAS Aeroespacial e a empresa Rheinmetall para as munições de longo alcance do PEE Astros 2020 Lançador Múltiplo de Foguetes. O Fieldguard 3 tem um alcance de até 100 Km.

O sistema ASTROS II em produção desde os anos 80 usava um sistema de controle da empresa suíça Contraves, que hoje integra o grupo Rheinmetall.

Está previsto que seja adquirido mais oito ou dozes unidades de Controle de Tiro Fieldguard 3. As fotos mostram o protótipo em testes já montados em um chassi Tatra como adotado atualmente pelo Exército Brasileiro

O programa ASTROS 2020 é considerado um dos sete Projetos Estartégicos do Exército Brasileiro. Prevê o desenvolvimento de novas munições como o Míssil AV-TM 300 e a munição terminal guiada AV-SS40G.

As demais munições atualmente em uso estão sendo aperfeiçoadas:
– SS-30 (30km alcance)
– SS-40 (40km alcance)
– SS-60 (60km alcance)
– SS-80 (80km alcance)
As primeiras unidades de produção já equipadas com o Fieldguard 3 deverão ser entregues ao Exército Brasileiro em 2017-2018.

 

Fonte: DefesaNet

Ministério da Defesa preserva verbas do programa Astros 2020

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O Ministério da Defesa informou que, apesar do corte de verbas na pasta para este ano, tem feito esforços para garantir a continuidade de projetos considerados estratégicos para as Forças Armadas, entre eles o Programa Astros 2020.

O programa é desenvolvido pela Avibras Aeroespacial, sediada em Jacareí e de acordo com a pasta, o custo total de investimento no Astros 2020 é de R$ 1,4 bilhões.No ano passado, o programa recebeu um aporte de R$ 99 milhões.

Para este ano, a Lei Orçamentária Anual da União prevê desembolso de R$ 300 milhões. Desse montante, já foram empenhados, até o dia 20 de agosto, um total de R$ 193 milhões.

Astros 2020I

“O Ministério da Defesa tem feito um grande esforço para assegurar o fluxo regular de recursos. Esse fluxo está ocorrendo de modo a garantir a continuidade dos projetos”, informou em nota a pasta da Defesa.

Corte

O governo federal anunciou em fevereiro deste ano um corte de R$ 3,5 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa.O contigenciamento de verba para a Defesa foi o maior bloqueio de recursos orçamentários divulgado pelo governo Dilma Rousseff (PT) para este ano, no total de R$44 bilhões.

O orçamento da pasta da Defesa foi reduzido de R$ 14,7 bilhões para até R$ 11,2 bilhões, em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional no ano passado.astros2020

De acordo com o Comando do Exército, a expectativa é que o governo federal libere recursos para a continuidade de projetos considerados estratégicos até o final deste ano.

Outro projeto afetado foi o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), também considerado prioritário pelo Exército. Esse programa é desenvolvido pelo Consórcio Tepro, liderado pela Embraer, sediada em São José dos Campos.

O projeto piloto do Sisfron contempla uma área de aproximadamente 600 quilômetros de fronteira terrestre, na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. Está orçado em cerca de R$ 830 milhões.Astros 2020II

Na avaliação de Expedito Bastos, especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), o corte de verbas no ministério é preocupante.

Ele tem avaliado que as Forças Armadas, sem recursos financeiros, não tem como desenvolver projetos importantes para a segurança do país.

Para o especialista, os contínuos cortes de verba da pasta da Defesa demonstra que o governo federal nem sempre dá a devida importância ao segmento. A expectativa é que essa situação seja revertida.

Exército já recebeu suas primeiras unidades

O Exercito Brasileiro recebeu em junho deste ano as primeiras unidades do lançador de foguetes Astros 2020. As viaturas foram entregues ao 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes, sediado no Campo de Instrução de Formosa – Goiás.ASTROS-II-1-580x386

Foram entregues uma Bateria de Mísseis e Foguetes ASTROS MK-6, versão moderna do sistema ASTROS.

FONTE : O Vale

ANGOLA: QUER COMPRAR O NOVO SISTEMA ASTROS DA AVIBRAS

Por Julio Ottoboni / DefesaNet
O ministro da Defesa angolano, João Lourenço, conclui nesta quinta-feira (07AGO14), visita de trabalho ao Brasil, iniciada no domingo, para reforço da cooperação bilateral na área militar e de segurança. João Lourenço manteve conversações com o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, visitou instalações militares e uma unidade da Embraer, fabricante de aviões civis e militares.

Um dos focos de Angola é o novo sistema ASTROS 2020, da AVIBRAS Aeroespacial, e também os aviões Super Tucanos, nos padrões dos usados pelo SIVAM. O desenvolvimento de munições guiadas torna o Sistema ASTROS 2020 um vetor interessante, e com custo-performance, muito interessante para países com requisitos operacionais e recursos mais limitados. Além da grande mobilidade do sistema.

Uma comitiva do Ministério da Defesa de Angola visitou a empresa AVIBRAS e conheceu detalhes referentes ao sistema ASTROS 2020.

Angola encomendou um lote de seis aeronaves  A-29 Super Tucano, que começou a receber em 2013. Agora procura um lote adicional. A Força Aérea Nacional de Angola foi a primeira do continente africano a encomendar e receber o Super Tucano.

Durante o encontro com Celso Amorim, em Brasília, foi reafirmado o acordo de parceria estratégia entre os dois países e o desenvolvimento de programas de cooperação naval, aeronáutica e entre exércitos, ensino e treinamento e indústria de defesa. Amorim convidou o ministro angolano a estar presente na Mostra da Base Industrial de Defesa do Brasil, que se realizará em setembro, em Brasília.

João Lourenço visitou uma exposição de armamento de fabricação brasileira no Quartel General do Exército e o Hospital das Forças Armadas em Brasília. Luanda e Brasília têm procurado estreitar relações na área da Defesa que levaram recentemente à criação do Comitê Interino Conjunto de Defesa, instalado no âmbito do acordo de parceria estratégica.

Em maio último, o comitê esteve reunido em Luanda, com uma pauta dedicada à formação de quadros, operações especiais, missões de paz e saúde militar. Várias empresas do setor de defesa e da construção civil de infra-estruturas têm se aproximado ao governo angolano para instalar escritórios e base de produção avançadas no país, tido com uma boa porta de entrada para o mercado africano.