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Índia admite EUA no seu mercado nuclear

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Na foto: Narendra Modi e Barack Obama

A Índia admitiu os EUA no seu mercado de serviços nucleares não através da revisão de sua legislação, mas graças a um compromisso. Mas este pode vir a ser uma fonte de novos conflitos.

A Índia e os EUA, segundo as declarações feitas por suas lideranças, conseguiram remover os obstáculos que impediam as empresas norte-americanas de importar combustível nuclear e construir usinas nucleares na Índia. Havia duas contradições. Os estadunidenses não concordavam com a lei indiana que responsabiliza o prestador de serviços nucleares por prejuízos provocados ao longo de todo o tempo de serviço da usina nuclear.

Outra discrepância de interesses se encontrava na exigência dos EUA em controlarem a totalidade do combustível nuclear importado pela Índia. Essa exigência abrangia o combustível russo para as usinas nucleares russas.

Nessa questão “as partes conseguiram um avanço”, declarou Barack Obama. O progresso foi alcançado “cumprindo a legislação indiana”, foi o esclarecimento importante acrescentado por Narendra Modi. Anton Khlopkov considera que se trata de um compromisso bastante instável:

“Os norte-americanos estão dispostos a demonstrar a flexibilidade de suas abordagens da base jurídica que irá regular essa cooperação. Entretanto, não devemos sobrestimar a profundidade da flexibilidade que as empresas norte-americanas têm. Estas não irão ser responsabilizadas juridicamente pelos potenciais prejuízos, inclusive pelos que podem advir de uma exploração pouco profissional das usinas nucleares.

“Por isso, aqui será mais correto falar de um compromisso e não de uma aceitação da posição indiana pelos norte-americanos. Mas qualquer compromisso pode resultar, mais cedo ou mais tarde, em novas situações de conflito e em obstáculos na realização do projeto.”

Anton Khlopkov também comentou com otimismo moderado a declaração de Narendra Modi que a Índia e os EUA estão começando a execução comercial do acordo, firmado ainda em 2008, de cooperação na área do nuclear para fins pacíficos:

“Apesar do progresso da cooperação nuclear entre a Índia e os Estados Unidos, ainda falta executar um grande volume de trabalhos para materializar essas ideias e projetos. Por vezes, entre um acordo e a cooperação prática tem de ser dado um passo bastante grande. Especialmente se considerarmos que as empresas norte-americanas não têm experiência de trabalho no mercado indiano.

“Em 1974, eles tiveram de sair de lá depois da realização pela Índia do teste nuclear. Dessa forma, a pausa na cooperação se prolongou por 40 anos. Sem dúvida que seu reinício irá exigir bastante tempo.”

Os resultados da visita não provocam alterações importantes na correlação de forças no mercado nuclear indiano, incluindo nas posições da Rússia nesse mercado, considera o diretor do Fundo de Desenvolvimento Energético, Serguei Pikin:

“O principal é que a Rússia obteve um progresso muito significativo no mercado indiano. Os últimos acordos e os contratos assinados para a construção de novos geradores nucleares demonstram que a Rússia está se reforçando nesse mercado, praticamente não tendo concorrência.

“Claro que isso preocupa bastante Washington. Por isso, os EUA estão dispostos, apesar da longa existência de desentendimentos com a Índia, a percorrer o caminho de sua resolução de acordo com os termos da Índia. Eles tentam apanhar em andamento o trem da cooperação russa-indiana, que já partiu e está aumentando sua velocidade. Para aceder, mesmo assim, a esse mercado e concorrer por completo com as tecnologias russas na sua relação entre preço e qualidade.”

No final da visita do presidente da Rússia Vladimir Putin à Índia, no final do ano passado, foi anunciado um plano para a construção de 12 geradores nucleares ao longo de 20 anos. Nesse contexto, a visita de Obama à Índia não altera de todo a correlação de forças no mercado nuclear indiano.

Voz da Rússia

Navio de reconhecimento russo ancora em Havana

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Foto: RIA Novosti

Um navio de guerra russo ancorou em Havana, capital de Cuba.

O navio conta com uma tripulação de 200 pessoas e é dotado de sistemas de artilharia de trinta milímetros e de mísseis antiaéreos.

Sua chegada a Cuba coincidiu com protestos na Venezuela contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Durante sua estada no porto de Havana, o comando do navio russo vai ter reuniões com a chefia das forças navais de Cuba e representantes das autoridades locais.

 

Voz da Rússia

Navio de guerra russo entra no porto cipriota de Limassol

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RIA Novosti

O navio antisubmarino Admiral Panteleyev fez escala no porto cipriota de Limassol, informou o porta-voz da Marinha russa.

Representantes da Embaixada da Rússia e do Ministério da Defesa do Chipre esperavam os militares no cais. No decurso da visita de quatro dias, a tripulação deverá reabastecer o navio, conhecer a cultura local e as atrações turísticas.

Admiral Panteleyev faz parte do grupo de navios da frota do Pacífico que visita o mar Mediterrâneo pela primeira vez durante as últimas décadas.

 

Voz da Rússia

Presidente de Irã é alvo de segundo ataque

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EPA

No Cairo, foi perpetrada mais uma tentativa de atacar ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Esta é a segunda ofensiva contra o dirigente iraniano durante sua visita à capital egípcia para participar da cúpula da Organização de Cooperação Islâmica, comunicou na sexta-feira o canal de TV Al-Arabiya.

Antes de recepção na residência de um diplomata iraniano no Cairo, um desconhecido tentou aproximar-se do líder iraniano, gritando: “Morte a Ahmadinejad! Morte a Bashar Assad!”. Os guarda-costas presidenciais conseguiram parar o atacante, que não estava armado, e entregaram-no à polícia egípcia.

No início desta semana, outro desconhecido jogou um sapato no presidente do Irã, quando este estava conversando com pessoas depois de sair da mesquita de Al-Hussein, no Cairo.

 

Voz da Rússia

Brasil quer cooperar com Moscou na defesa, ciência e tecnologias

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EPA

O Brasil quer cooperar com a Rússia não só no comércio e na economia como também nos domínios da defesa, ciência e tecnologias, informou a presidente Dilma Rousseff, em entrevista ao Gazeta Russa.

“Queremos desenvolver também uma intensa cooperação no domínio da ciência e no intercâmbio de tecnologias. A Rússia acumulou uma enorme reserva de conhecimentos em diversas esferas. Gostaríamos de desenvolver a cooperação nos setores da defesa, do espaço e em muitos outros. Por nosso lado, podemos compartilhar nossas realizações nos domínios das nano- e biotecnologias”, declarou Dilma Rousseff.

A presidente assinalou que espera a cooperação ao nível de empresas e indivíduos particulares. Por exemplo, no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras o Brasil pretende enviar até 2014 para estudos noutros países 101 mil estudantes brasileiros. Na opinião da presidente, tais programas contribuiriam para a aproximação mútua dos países.

Na opinião de Dilma Rousseff, hoje em dia o Brics tem grande importância para a edificação dum mundo multipolar: “Hoje, nas condições de uma crise crónica na zona do euro e nos EUA, nossos países são responsáveis pelo desenvolvimento mundial e pela política que nós levamos a cabo e que garante o desenvolvimento”.

Segundo Dilma Rousseff, a Rússia e o Brasil não devem continuar sendo apenas fornecedores de matérias-primas, como era antes.

 

Voz da Rússia