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Corrupção domina campanha venezuelana após vídeo com oposicionista

CARACAS, 14 Set (Reuters) – O polêmico vídeo em que um deputado da oposição aparece aceitando dinheiro de um empresário colocou a corrupção no centro da campanha eleitoral da Venezuela, a três semanas do pleito presidencial.

O caso prejudicou a candidatura do candidato oposicionista Henrique Capriles, que imediatamente afastou o deputado Juan Carlos Caldera do cargo de coordenador da sua campanha, na quinta-feira.

No vídeo, Caldera recebia um maço de notas enquanto negociava um encontro de Capriles com um conhecido empresário aliado do governo de Hugo Chávez, que é candidato à reeleição.

Capriles reagiu lembrando escândalos que envolveram partidários de Chávez nos 14 anos do seu governo. “Aqui o corrupto é premiado. Se esse governo e seu candidato fizessem frente à corrupção, ficariam sem ministros”, disse o candidato num comício.

Caldera, candidato de oposição à prefeitura de um município que integra Caracas, admitiu ter recebido o equivalente a 9.300 dólares do empresário Wilmer Ruperti, do setor de navegação e transporte de petróleo.

Embora Chávez não tenha se pronunciado sobre o caso, seus aliados estão usando a gravação como munição de alto calibre para tentar vincular Capriles a suspeitas de suborno e “dinheiro irregular”, embora a lei venezuelana não proíba doações privadas para candidatos.

“Esse é um fato delitivo de uma organização política (…). Vamos fazer tudo o que estiver nas mãos da Assembleia para investigar isso até as últimas consequências”, disse o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, que considerou “irrelevante” a procedência do dinheiro.

(Por Enrique Andres Pretel e Eyanir Chinea)

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Chávez chegou a pensar em deixar a política devido ao câncer

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reconheceu nesta terça-feira que chegou a pensar em deixar a política depois que teve que passar por intervenções cirúrgicas após ser diagnosticado com câncer.

“Em algum momento, cheguei a pensar que teria que deixar a disputa política, mas graças a Deus estou recuperado”, disse Chávez em uma entrevista à emissora Fiesta 106.5.

O presidente que “ainda tem uma tosse incubada”, assegurou que se sente muito bem e cuida “muito” de seu bem-estar, fazendo exercício, estudando e cumprindo com sua “tarefa” como presidente.

“Estou animado, otimista, com confiança no que estamos fazendo e no que faremos. Bom, minha vida está entregue a Deus e ao povo muito mais do que antes”, afirmou Chávez, de 58 anos, que concorre a sua terceira reeleição consecutiva nas eleições presidencias de 7 de outubro.

O presidente venezuelano reconheceu que a doença o aproximou do cristianismo, e assinalou que sempre foi muito cristão, chegando inclusive a ser coroinha. “Eu gostava, mas gostava mais de andar solto pelas ruas”, acrescentou.

Chávez, que foi diagnosticado com câncer em junho do ano passado, passou por uma intervenção cirúrgica em Cuba. Depois, foi submetido a quimioterapia como complemento do tratamento. Porém, em fevereiro, teve que ser operado novamente por reincidência da doença.

Depois da última operação, o presidente venezuelano se submeteu a radioterapia e em julho se declarou curado da doença, pela segunda vez.

Segundo a maior parte das pesquisas presidencias divulgadas por empresas venezuelanas, Chávez lidera a corrida eleitoral contra o candidato da oposição, Henrique Capriles.

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Chávez diz que vencerá eleições, mas não “confortavelmente”

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, insistiu nesta sexta-feira que vencerá as eleições de 7 de outubro frente ao candidato da oposição, Henrique Capriles, mas admitiu que provavelmente isso não acontecerá “confortavelmente”.

“Nós, a esta altura, estamos ganhando as eleições. Eu não digo que confortavelmente, mas estamos ganhando. Aí estão as empresas sérias que calculam 15% ou 20%, mas eu busco mais”, disse o presidente em um ato com trabalhadores públicos.

Como já disse em ocasiões anteriores, o líder venezuelano ressaltou que seu objetivo é chegar “a dez milhões de votos”. “Vamos rumo a 70% dos votos!”, exclamou.

Em discurso de pouco mais de duas horas, Chávez lançou uma chamada para conquistar “com maior intensidade a classe média, indecisa, confusa”, e também os “atemorizados e descontentes”.

A maioria das pesquisas indica que Chávez é favorito para vencer as eleições com vantagem entre 10 e 25 pontos frente a Capriles. No entanto, alguns estudos, como os das empresas Consultores 21 e Varianzas, calculam um empate técnico entre os dois candidatos.

 

Fonte: Terra