A polícia de hoje já não é a mesma de antigamente

OPINIÃO GUERRA & ARMAS por Francisco Santos.

Apesar de ainda ser novo, recordo-me de um tempo que não mais há de voltar, o tempo onde eu e meus amigos brincávamos nas ruas sob a supervisão de nossos pais que muitas das vezes não podiam estar nos vigiando e delegava essa missão aos ”chatos” irmãos mais velhos, que também entravam na brincadeira sadia que há época eram; polícia e ladrão, pique esconde, adoleta e o mestre mandou, e é claro que não faltava o futebol e o vôlei com a rede improvisada com um fio de luz ou uma corda atravessada na rua entre 2 postes da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais)  ou pregada de um canto a outro.

Mas você deve estar se perguntando oque isso tem a ver com o título ou com o tema da coluna Guerra & Armas, é ai que quero chegar, naquela época nossos pais não tinham problemas ou preocupações com seus filhos na rua pois sabiam que era um ambiente seguro, para os jovens adolescentes e crianças de hoje que não conheceram aquela época posso dizer que na brincadeira de Polícia-ladrão, havia briga para quem ia ser da polícia já que ninguém queria ser bandido, porém hoje o que vemos é o contrário vejo as poucas crianças que vejo brincar de Polícia-Ladrão ostentando canos ou qualquer coisa semelhante a um fuzil e dando tiro para o alto ostentando ser traficante e que acabara de dominar o morro ou favela, já quem opta por ser polícia na brincadeira faz abordagens agressivas em tom de brincadeira é claro, usando de violência de brincadeira, mas o que falar para eles?, é isso que eles veem na vida real.

Nos meus bons tempos de criança, quando víamos a ROTAM da PMMG que eram as antigas Veraneios da Chevrolet/GM  logo íamos ver a Rádio Patrulha passar e isso são nos anos 90” e inicio dos anos 2000” sentíamos admiração, bastava a Viatura grande com sirenes altas e com policiais fortemente armados descerem do carro que já era motivo para aglomeração de crianças e pais para saber oque acontecia tudo isso sem o risco de haver trocas de tiro ou algo assim, pois a PMMG na quela época era respeitadíssima. A Cavalaria então ”nossa senhora” era um show aparte ficávamos deslumbrados, todos nós queríamos ser policiais, mas infelizmente esse tempo se acabou e olha que sou do inicio dos anos 90” graças a Deus consegui pegar o final desses bons tempos.

Hoje o que vemos são crianças, jovens e adolescentes dizendo a todo momento e onde quer que estejam preferirem ser traficantes, há serem polícia, porém parte disso é culpa do Estado que não investe em uma polícia preparada e deixa a instituição Polícia Militar de todo o país agir de forma agressiva, corrupta e nem um pouco cordial, antigamente o policial batia em sua casa e chamava com educação, pedindo se poderia entrar em sua casa com mandato ou não, o mandato de prisão era cumprido porém o Militar pedia autorização para entrar e entrava educadamente, hoje o que vemos são arrombamentos com alardes, palavreados como ”perdeu, perdeu, perdeu” ou ”a Casa caiu” arrombando tudo, agredindo as pessoas seja moralmente ou fisicamente, é essa a Polícia que nossos filhos veem, e será que é essa a Polícia em que eles se tornaram?

Essa coluna especial do Guerra & Armas, só me faz sentir saudades de um tempo em que andar na rua era coisa normal, uma viatura de bairro era tratada como atração para a moçada e não símbolo de medo e apreensão dos país, polícia no bairro era sinônimo de tranquilidade e total conforto para população, hoje quando vemos polícia no bairro ou estão lanchando na padaria ou estão fazendo ocorrência de crimes hediondos como assassinato ou agressões domésticas.

OPINIÃO GUERRA & ARMAS,  MARÇO DE 2012

Sobre Francisco Santos

Jornalista e Editor.

Publicado em 04/28/2012, em Brasil, Colunas, Opinião, Polícia Militar e marcado como , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

  1. João Pedro

    É… acho que isso se deve ao fato do crescimento populacional e mal investimento por parte do governo. Isso não acontece em Tóquio ou Nova Iorque, duas das maiores cidades do mundo, mas ocorre em São Paulo, por exemplo, que é igualmente grande. Por que será…

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