Aviões partem da Alemanha para campanha contra o EI

Os dois primeiros aviões de reconhecimento “Tornado” da Forca Aérea alemã decolaram nesta quinta-feira (10/12) de uma base no norte do país rumo à Incirlik, na Turquia, para dar início às atividades das forças alemãs no combate ao “Estado Islâmico” (EI) na Síria e no Iraque.

Uma aeronave Airbus A400M que transportava em torno de 40 soldados de uma unidade da Força Aérea também partiu rumo à base militar turca. Um avião-tanque, que atua no reabastecimento de aeronaves militares, decolou de outra base da Força Aérea, próxima à cidade de Colônia, com o mesmo destino.

A partir da base militar na Turquia, a Bundeswehr (as Forças Armadas alemãs) irá realizar, com início em janeiro, missões de apoio à ofensiva da coalizão internacional contra os extremistas do EI. A fragata alemã Ausburg já atua na proteção do porta-aviões Charles de Gaulle da França, de onde partem os caças franceses que atacam alvos dos extremistas na região.

O Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) aprovou na última sexta-feira o envio de até 1.200 soldados na missão de combate aos EI.

Após os ataques terroristas no dia 13 de novembro em Paris, pelos quais o grupo extremista assumiu responsabilidade, a França pediu ajuda aos países aliados para que atuem no combate aos jihadistas. Não há, porém, planos para uma missão militar exclusivamente alemã.

Legalidade da missão é questionada

Entretanto, o envolvimento alemão nos combates contra o terrorismo tem sido alvo de críticas. Um parecer jurídico apresentado pelo partido A Esquerda no Bundestag afirma que o envio da Bundeswehr à Síria é ilegal. “A justificativa legal do governo federal para o envio das Forças Armadas alemãs à Síria é insustentável”, afirma a avaliação do professor emérito de Direito Norman Paech.

O governo alemão se baseia, entre outras coisas, no estatuto da ONU que estabeleceu o “direito à autodefesa coletiva”, após os ataques de Paris, mas que, segundo o jurista, não seria válido no caso do envio da Bundeswehr.

O argumento é que a lei internacional prevê que um Estado apenas pode realizar ofensivas militares caso seja vítima de um ataque terrorista em seu próprio território. Ainda não está claro se o partido irá levar o caso ao Tribunal Federal Constitucional da Alemanha. Para tal, a legenda teria de provar que os poderes do Parlamento teriam sido restringidos, o que, nesse caso, seria difícil.

 

Fonte: DefesaNet

Sobre Francisco Santos

Jornalista e Editor.

Publicado em 12/10/2015, em Alemanha, Notícias, Oriente Médio e marcado como , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 3 Comentários.

  1. eadem@ig.com.br

    Se Putin fosse tão agressivo e a Rússia tão imperialista quanto afirmam os americanos e todos os seus escravos e puxa-sacos (incluindo nós daqui do podre e pobre Brasil), os russos poderiam invadir à Europa agora e passariam o Ano Novo em Partis e Bruxelas. Se continuassem, terminariam o mês de Janeiro de 2016 na Irlanda do Norte depois de estuprarem à Família Real em Londres e enrabado todos usuários de ‘kilt’ da velha Escócia. Se teimassem mais um pouco, com certeza comemorariam a próxima Primavera nos bordéis de Washington D.C., incluindo o Pentágono, o Capitólio e a própria Casa Branca.

    E por que digo isto? Simples: A outrora “poderosa” e arrogante OTAN sustentada pelos EUA vai tão mal das pernas que pra enfrentar os bandoleiros do EI usam suas forças pelo sistema de… CONTA-GOTAS!

    Já pensou se a Rússia invadisse mesmo àquela merda européia toda? Quando os europeus fossem pensar em resistir, os russos já estariam tentando chegar à Califórnia antes dos Chineses e norte-coreanos!

    E dizer que há 76 anos, o saudoso e competentíssimo Adolf Hitler conseguia mandar fazer “raids” diários com mais de mil aviões nos heróicos tempos da Luftwaffe do bom Marechal do Reich Hermann Goering!

    Que vergonha! Até o Haiti se ruborizaria de enviar apenas dois velhos, decrépitos e cadentes aviões para atuarem em qualquer teatro de operações!

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  2. Renilson Almeida

    Que tal artigo abordando as forças armadas da antiga e ex-Iugoslávia e quais países da antiga Iugoslávia chegaram ainda a utilizar armamento da antiga nação que desmembrou-se em 9 países.

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  3. Renilson Almeida

    O atual Vietnã será que chegou a utilizar armamento do antigo Vietnã do Sul,após a fusão dos 2 países?

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