Rafale: Mais uma derrota?
Índia pode reduzir encomenda do MMRCA.
Novo governo está considerando diminuir o número de Rafales, de 126 para 80 aeronaves, como medida de corte de custos.
Oficiais da IAF sustentam que se o acordo for assinado até o final deste ano, o primeiro lote de aeronaves Rafale vai chegar na Índia até 2017.
O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, encontrou-se com a liderança política indiana, incluindo o primeiro-ministro Narendra Modi, pressionando-os para selar o negócio dos aviões de combate Rafale. Nova Deli tem levantado sérias preocupações sobre o aumento dos custos caça. Esforçando-se para pagar o custo pesado do acordo, o Ministério da Defesa (MoD) está considerando a opção de reduzir a encomenda das 126 aeronaves planejadas para 80 caças.
O Ministério da Defesa pediu ao governo francês para rever a estrutura de preços porque o negócio foi muito além das linhas esperadas. Durante as negociações com a Dassault, o Ministério da Defesa pediu a revisão dos valores.
Em 2007, quando o concurso foi lançado, o custo do programa era de US$ 12 bilhões. Quando o menor lance foi declarado em janeiro de 2012, o custo da operação subiu para US$ 18 bilhões. E agora, com a inclusão de transferência de tecnologia, custo do ciclo de vida e criação de linha de montagem, o negócio alcançou gritantes US$ 20 bilhões.
Um alto funcionário do governo indiano disse que se o acordo for assinado nos próximos dois meses, a Índia tem que pagar um adiantamento de pelo menos US$ 1,5 a 2 bi para a Dassault. E para o governo recém-eleito isso será um problema, consumindo grande fatia do orçamento de defesa. E o novo governo também não está confortável com o método de custos do ciclo de vida adotado pelo governo anterior e até mesmo o ex ministro das Finanças se opôs aos critérios de ciclo de vida.
Aumentos de custos e divergências sobre a partilha de produção com a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) levou ao atraso e no congelamento do contrato.
Oficiais da IAF esperam mesmo que o acordo seja assinado até o final deste ano, e o primeiro lote de aeronaves Rafale chegará a Índia em 2017. Nesse meio tempo, a IAF irá retirar progressivamente seus MiG-21.
Dezoito dos 126 aviões serão comprados diretamente da Dassault, enquanto Hindustan Aeronautics Limited vai fabricar outro 108 sob licença.
FONTE: dnaindia.com – Tradução e edição: CAVOK
Publicado em 07/06/2014, em França, Internacional e marcado como Aviação, Índia, França, Rafale. Adicione o link aos favoritos. 2 Comentários.
Guerra & Armas 
É ISSO; Fabricante de armas de guerra ta mais e torcendo para o circo pegar fogo. Tomara que não sobre por aqui a mesma coisa que na India. Mas, se for confirmado o mandato da Petralhada, nós tamo foodid0
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Quem disse que isso é uma “derrota” não parece haver avaliado o conjunto da situação.
Até agora a Saab sueca apenas vendeu 36 caças “Viggen” para o Brasil e não têm mais nenhuma outra encomenda à vista, nem mesmo para a própria força aérea da tríplice coroa e outra compra prevista pelos suíços, foi cancelada.
Ora, se a França que já começa a operar os discutíveis “Rafale” nas suas forças armadas e consegue exportar 80 para a Índia, parece-me estar em situação vantajosa e não em decadência como tenta fazer supor o articulista.
Até porque, nesse tipo de operações entre países, são comuns esses tipos de desistência e até mesmo o Brasil desistiu do SU-35 russo, caso se lembrem…
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