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Marinha dos EUA constrói porta-aviões com catapultas a eletromagnetismo

Provavelmente você já viu isso em um filme como Top Gun: caças sendo lançados de porta-aviões através de catapultas a vapor, uma tecnologia que existe há 60 anos. Mas, se num futuro fizerem a continuação desse clássico, talvez eles tenham que atualizar as cenas de lançamento de aviões.

Foto cedida pelo U.S. Department of Defense Lançadeira da catapulta número quatro no USS John Stennis

É que a Marinha dos Estados Unidos está testando um novo método para fazer decolar caças em pistas curtas como as dos porta-aviões. Em vez de dar impulso com uma catapulta a vapor, serão utilizados campos magnéticos para ajudar as aeronaves a saírem do chão.

Chamado de EMALS (Electromagnetic Aircraft Launch System), o sistema já foi testado em terra e usa uma dose controlada de energia eletromagnética para acelerar os aviões na medida certa. Além de ser mais adaptável a veículos de vários tamanhos (pode ser usado até com drones), a nova técnica reduz o stress aplicado e, consequentemente, a manutenção dos caças.

Novo porta-avião, novas catapultas

Em junho, serão iniciados os testes a partir de um porta-avião — no caso, o USS Gerald F. Ford, o primeiro de uma nova classe desse tipo de navio, previsto para ser entregue no ano que vem. “Em junho, começaremos a lançar peso morto no rio James. Será a primeira vez em 60 anos que lançamos algo de um navio usando um artefato que não é uma catapulta a vapor”.

Por enquanto, duas catapultas eletromagnéticas estão prontas, e as outras duas estão quase lá. O equipamento consiste em uma série de transformadores e circuitos retificadores projetados para converter e acumular energia elétrica através de um grupo de geradores antes de alimentar o sistema da catapulta. O USS Ford pode gerar até 13,8 mil volts, três vezes mais do que os 4.160 volts da classe Nimitz.

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