Ucrânia quer o envio de tropas da ONU para combater Rússia e Separatistas

Cessar-fogo tem sido cumprido no leste da Ucrânia, mas cidade de Debaltseve registrou intensos combates.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu que soldados de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam enviados ao leste do país para fazer cumprir um cessar-fogo entre as forças do governo e rebeldes separatistas pró-Rússia.

O pedido ocorre após a retirada de tropas ucranianas da estratégica cidade de Debaltseve em meio a intensos confrontos.

Forças rebeldes continuam avançando sobre a cidade apesar de um acordo de cessar-fogo acertado na semana passada. O avanço foi duramente condenado pela comunidade internacional.

Poroshenko, que participou de uma reunião de emergência do conselho de defesa e segurança da Ucrânia, disse que a força da ONU ajudaria a garantir a segurança “numa situação na qual a promessa de paz não está sendo mantida”.

O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, qualificou o pedido ucraniano de destrutivo e disse que a solicitação “cria suspeitas de que ele (Poroshenko) queira destruir o acordo”. O representante russo acusou o líder ucraniano de tentar um novo acerto diferente do que está em voga.

O cessar-fogo, que entrou em vigor no domingo, tem sido respeitado na maior parte do leste da Ucrânia. Ambos os lados estariam retirando parte do armamento pesado da região. No entanto, confrontos prosseguiram em Debaltseve, e uma equipe de observadores europeus foi impedida de entrar na cidade.

Posição estratégica
A perda de Debaltseve é um revés significativo para a Ucrânia devido à posição estratégica da cidade, ponto de encontro entre as cidades de Donetsk e Luhansk, controladas por rebeldes.

Presidente ucraniano pediu envio de tropas da ONU ao leste do país para monitorar cessar-fogo. Tropas ucranianas se retiraram de Debaltseve, o que simboliza grande revés para o país.

Poroshenko disse que a retirada foi organizada. A maior parte dos 25 mil moradores foi evacuada, mas cerca de 5 mil civis ainda estariam na cidade. Cerca de 2,5 mil soldados ucranianos deixaram o local na quarta-feira.

Um comandante rebelde disse à BBC que as condições são ruins, sem eletricidade e falta de água e comida.

O porta-voz dos rebeldes Eduard Basurin disse que Debaltseve está sob “controle completo” dos separatistas, com alguns bolsões “isolados” de resistência, que estariam sendo “neutralizados”. Segundo ele, mais de 300 soldados ucranianos são mantidos como prisioneiros. Kiev admite que alguns militares foram capturados.

O chefe da Otan, a aliança militar do Ocidente, Jen Stoltenberg, disse que a ofensiva dos rebeldes coloca todo o acordo de paz sob risco.

A Casa Branca disse que os rebeldes e a Rússia fracassaram em cumprir os termos do acerto. Já o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, insistiu que as ações dos rebeldes de Debaltseve não violaram o acordo porque a cidade já era controlada por separatistas na assinatura do cessar-fogo.

Segundo a ONU, mais de 6 mil pessoas foram mortas no conflito no leste da Ucrânia, mas há temores de que esse número pode ser maior. O governo ucraniano, pró-Ocidente, diz que a Rússia apoia os separatistas com tropas e armas, mas Moscou nega.

FONTE: G1

Publicado em 02/19/2015, em Notícias e marcado como , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. 2 Comentários.

  1. Os políticos do mundo todo são iguais em tudo. O ideal seria separar essa raça maligna chamado “Políticos” que não ultrapassam 20% da população, e coloca-los numa parte do planeta, jundo com todos seus familiares.

    O restante do povo composto de “pobres” caídos do trem, que ainda cultivam uma aura de paz, ficariam separados. Vamos ver em quanto tempo as duas “facções” desenvolverão o espirito bélico novamente.

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  2. eadem@ig.com.br

    A ONU só enviará tropas para defender a Ucrânia em caso de comprovada ameaça de invasão do seu território.

    Mas esse envio de tropas depende de aprovação majoritária pelo Conselho de Segurança da ONU, que é composto pelos EUA, Inglaterra, França, Rússia e China.

    Ora, Rússia e China não aprovariam e o quinto membro, a França, dificilmente aceitaria assinar o próprio suicídio dela e da Europa.

    Além disso, mesmo que alguém tentasse envolver a ONU nessa estória, outra corrente majoritária de países islâmicos poderia argumentar: “Se separatistas que só entraram em conflito com a Ucrânia há pouco mais de um ano têm de ser coibidos pela ONU, o que a ONU fará contra Israel que além de tomar terras Palestinas e expulsar sua população, mantém-se em estado de guerra permanente com seus sete vizinhos (Egito, faixa de Gaza, Líbano, Síria, Iraque, Jordânia e Arábia) há nada menos que 68 anos?

    Ou os mexicanos poderiam querer de volta todos os estados do Oeste dos EUA e quem iria ocupar a frontewira entre os dois países representando a ONU? Os “marines” norte-americanos?

    E na fronteira russa-ucraniana, os russos aceitariam ali soldados norte-americanos?

    Logo, a proposta ucraniana vale como piada, mas como lance de diplomacia… é uma verdadeira merda e deve merecer dos demais países signatários da ONU a mesma atenção que a merda merece!

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