Maior acidente naval da história da marinha americana

Em 29 de julho de 1967, um foguete disparou por acidente a bordo do Forrestal, causando 134 baixas e a perda de 21 aeronaves. (Foto: Coleção particular do autor)

Em 29 de julho de 1967, um foguete disparou por acidente a bordo do Forrestal, causando 134 baixas e a perda de 21 aeronaves. (Foto: Coleção particular do autor)

Em 29 de julho de 1967 o fogo varreu o porta-aviões Forrestal na costa do Vietnã do Norte, no Golfo de Tonkin. Foi o pior desastre naval dos EUA em uma zona de combate desde a Segunda Guerra Mundial. O acidente tirou a vida de 134 tripulantes e deixou 161 feridos. Dos 80 aviões, 21 foram perdidos e 42 foram danificados.

 

Na manhã do dia 29 de julho de 1967, o Forrestal estava preparando um ataque quando um foguete Zuni de um F-4 foi acidentalmente lançado. O foguete cruzou o convés e acertou um A-4 Skyhawk, rompendo o tanque de combustível. O combustível vazou e rapidamente incendiou e em poucos segundos outros tanques externos de combustível na aeronave, superaquecidos, explodiram, liberando mais combustível e alimentando as chamas. A tragédia estava pronta. O fogo se alastrou ao longo do convés de vôo. O impacto do foguete Zuni também desalojou duas mil libras em bombas prontas para o combate. Pilotos, presos em seus aviões, foram imediatamente informados de que uma catástrofe estava acontecendo, mas somente alguns conseguiram escapar a tempo.

Investigações determinaram que o convés, lotado de aviões prontos para o combate, os gases quentes dos motores acabaram por inflamar o foguete. (Foto: Coleção particular do autor)

Investigações determinaram que o convés, lotado de aviões prontos para o combate, os gases quentes dos motores acabaram por inflamar o foguete. (Foto: Coleção particular do autor)

Ainda hoje, mais de cinqüenta anos depois, a Marinha ainda raramente comenta o incêndio a bordo do Forrestal. As lições aprendidas foram repassadas no ensino de controle de danos e segurança de munição. Hoje, todos a bordo de um navio devem ser capazes de lutar contra o fogo. Devido à explosão da primeira bomba, que matou quase todos os bombeiros, especialmente aqueles treinados a bordo do navio, a tripulação restante, não tinha nenhum treinamento formal, de combate a incêndios e foram obrigados a improvisar. Hoje, diz-se que cada marinheiro da Marinha dos EUA é o primeiro bombeiro. Uma grande parte da formação básica é dedicado a táticas de combate a incêndio e prevenção.

Duas mil libras em bombas explodiram matando toda a brigada de incêndio, deixando o combate as chamas nas mãos de tripulantes não treinados. (Foto: Today in History_Forrestal)

Duas mil libras em bombas explodiram matando toda a brigada de incêndio, deixando o combate as chamas nas mãos de tripulantes não treinados. (Foto: Today in History_Forrestal)

Dezoito tripulantes foram enterrados no Cemitério Nacional de Arlington. Os nomes dos mortos também estão listados no Vietnam Veterans Memorial.

FONTE: Guerra Nos Céus #5 / Today in History_Forrestal – TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: CAVOK

Sobre Francisco Santos

Francisco Santos é jornalista a mais de 5 anos, hoj é correspondente do Jornal Diário do Estado (Paraná), em seus momentos livres escreve para o Blog Alvo na TV, com colunas críticas, imparcial, profissional ao extremo e dedicad ao mundo da TV. É fundador e dono do Blog de defesa Guerra & Armas, que já conta com um crescimento considerável e esta prestes a se tornar um dos maiores Blogs de defesa do país, com compromisso e credibilidade o jornalista Francisco Santos mostra toda sua qualidade e amor ao que faz.

Publicado em 04/05/2013, em Acidentes Aéreos, Aviação, avião, EUA, Internacional e marcado como , , , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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